“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” (Ap 3.20).
Há quem diga que este versículo é para os nãos convertidos, os ímpios, entretanto, pelo fato de que Jesus está à porta batendo, e ninguém está escutando. Como se somente os ímpios não escutassem o bater à porta e a voz do Mestre. Entretanto, vemos que quando as pessoas batem à porta estão querendo entrar em uma casa conhecida, de parentes, amigos ou quando há um interesse qualquer, afins de comércios de compra, venda, pagar e outros mais, mas geralmente é de alguém que conhecemos e que temos alguma afinidade com essa pessoa. Na Mundo Antigo poderia bater à porta de uma pessoa de duas maneiras, se batia com uma argola metálica, ou simplesmente chamava a pessoa. Neste caso Cristo está batendo à porta com as duas opções batendo e chamando, aludindo assim o quão era importante entrar no recinto do Cristãos laodicenses.
Baseados nestas prerrogativas Cristo derrepente pode estar à porta batendo em uma casa conhecida, onde Ele deseja entrar.
Lembremos que Jesus é o Senhor, para Ele entrar nunca faltará chaves, (Ap 1.18; 3.7) para Cristo entrar, entretanto, Ele deixa que a pessoa caia em si e resolva abrir a porta para Ele, aprendemos que nosso Senhor é delicado não fere nossa liberdade.
O Senhor tem até o poder de abrir a porta, mas Ele não quer abrir, porque espera que o homem faça de bom agrado, de vontade própria. O Senhor não é um vizinho, ou até mesmo um parente mal educado que entra sem bater, mas Ele bate e espera que o homem venha abrir, pois Ele quer fazer parte de um círculo íntimo de sua vida.
Esse texto nos exorta ao grande risco de deixarmos Cristo para o lado de fora. Isso se dá ao fato da grande apostasia (abandono da fé) que João prevê antes da parusia (vinda de Cristo), nessa apostasia para aqueles que não perseverarem até o fim será uma crise horrível, a Igreja perderá de vez sua identidade, sua unção e missão, o Senhor retirar o seu candelabro (cf Ap 2.5) essa exortação vale para toda a Igreja como em conjunto, ou individualmente. Aqueles que permanecerem fiéis acolhendo o Senhor em sua casa, sofreram grandes tribulações, e só depois se dará o grande advento de Cristo, a sua parusia, ou segundo advento.
Nesse advento acontecerá um grande julgamento, as ovelhas serão separadas dos bodes (cf Mateus 25); E Cristo levará aqueles que o seguiram ao seu grande redil, onde esses eleitos receberam pastos verdejantes, assim cearemos Ele conosco e nós com Ele. Aleluia!
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