OLHA PARA NÓS!
Essa foi à resposta dos apóstolos Pedro e João quando subiam para o templo para a oração das três da tarde. Nessa reflexão desejo abordar para nossa meditação orante da Palavra do Senhor quatro elementos: que serão apresentados em três reflexões:
- Quatro virtudes de Pedro e João
- Quatro virtudes do coxo de nascença
- Quatro consequências de uma intervenção autentica de Deus em nossas vidas.
Texto de reflexão: (Atos dos Apóstolos 3.1-10)
(Atos 3.1) Pedro e João subiam ao templo para a oração das três da tarde.
Logo de inicio já encontramos duas grandes virtudes dos Apóstolos: A oração e a vida Comunitária.
1ª A VIDA DE ORAÇÃO!
Os apóstolos Pedro e João sobem no templo para rezar. Pense comigo quem era esses homens?
Estamos falando sobre o primeiro Papa e o discípulo mais amado, como Lucas o Evangelista enfatiza que os Apóstolos rezavam e rezavam muito… Rezavam por que não eram anjos; mas sim, simples homens… e simples homens fracos e falhos necessitavam da oração para viver debaixo da unção de Deus.
Alias como esta sua vida de oração?
Aprendamos desses dois Apóstolos a sermos reservatórios e não apenas canais, os canais deixam a agua correr e continuam vazios, os reservatórios deixam a agua fluir e continuam sempre cheios. (A alma de todo Apostolado). Se soubéssemos o valor da oração, nunca negligenciaríamos a mesma, buscaríamos o Senhor freneticamente como Pedro e João.
Nesse texto vemos os Apóstolos se direcionando para oração comunitária, era a oração do sacrifício da tarde, que começava pelas três da tarde, nesse horário o templo ficava repleto de Judeus piedosos. O longo rito durava até ao pôr do sol, detalhe era este o segundo sacrifício do dia. Pela manhã os Judeus rezavam em outros lugares, a oração começava com a aurora e durava até às nove da manhã, a hora de tércia. “Pedro e João estavam subindo ao Templo para a oração da hora nona” (At 3, 1). Os Apóstolos sabiam a importância de rezar constantemente, por isso estavam no caminho continuo dos milagres operados pelo Espírito Santo, desses milagres participam aqueles que são dóceis ao mover do Espírito.
2º A VIDA COMUNITÁRIA
“Olha para nós” Mesmo depois da Ascensão do Senhor, São Pedro e São João, continuaram com profunda amizade (At 4, 13; 8, 14, Jo 20, 2-9; 21, 7; Gl 2, 9). Já durante a vida de Jesus Cristo parece que sucedia o mesmo (Jo 13, 24; 18, 15; Lc 22, 8). Ambos não se largavam, estavam sempre perseverantes, nas formações, no momento de fraternidade, na hora da Comunhão Eucarística, nas missões e, sobretudo nas orações, como revela o texto: “Pedro e João estavam subindo”… Juntos, era a Comunidade, a Igreja de Cristo que subia unida ao Senhor em Espírito para oração.
Um discípulo que não pertence a uma comunidade nunca será um autentico discípulo de Cristo, a vida Cristã supõe e exige a vida Comunitária.
3ª A TOTAL DEPENDÊNCIA DE CRISTO!
Quando os Apóstolos exortam ao paralitico que volte os olhos para ambos é por que os mesmos sabem que possuem algo de valioso a oferecer, Jesus Cristo!
(Atos 3.6) Pedro então disse: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!”
Os apóstolos eram fascinados por Jesus Cristo, seus olhos, mente, corações, estavam o tempo todo fixos em Cristo, esperavam, ansiavam por uma oportunidade de proclamar a Salvação em Cristo e a hora havia chegado. Santa Teresinha dizia: “Quando uma alma é inflamada pelo fogo divino a mesma não consegue ficar inativa”.
4ª A COMPAIXÃO
Pedro e João poderiam se espelhar no exemplo do sacerdote e do levita criticados por Jesus na parábola do Bom Samaritano que estavam preocupados com o culto e por isso negligenciaram aquele que suplicava por salvação (cf Lucas 10.30 ss).
Mas ambos paralisaram, parar significa que deram importância, atenção, para ouvi-lo, contempla-lo…
Encheram-se de compaixão, todos aqueles homens que foram usados por Deus no mistério de cura afirmam: O ministério de cura é um ministério de compaixão, se não houver amor e comprometimento tanto para com o Senhor tanto para aqueles ao qual nos envia, o poder desaparece.
Pedro ao anunciar a graça salvadora em Jesus logo lhe estendeu a mão:
E tomando-o pela mão direita, Pedro o levantou. Na mesma hora, os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes, ele saltou, ficou de pé e começou a andar. E entrou no templo junto com Pedro e João, andando, saltando e louvando a Deus (Atos 3.7-8).
Gloria a Deus, aleluia! Irmãos deixo uma indagação: Será que hoje podemos ter a ousadia ao menos de dizer para aqueles que cruzam nossos caminhos “olha para nós”?
Somos reservatórios? Somos Comunidade? Somos dependentes de Cristo? Temos compaixão? Se a graça não acontece é por que em nosso interior ainda não temos essas grandes virtudes a oferecer.
Continua, meditaremos sobre: Quatro virtudes do paralitico da porta formosa.