Meu testemunho de vida  na Canção Nova

Testemunho

Meu nome é Rodrigo dos Santos Jesus, sou membro consagrado da Comunidade Javé Nissi, Renovação Carismática Arquidiocesana de Pouso Alegre; sou Coordenador Diocesano do ministério da juventude. Sou natural da Cidade de Itajubá MG, mas estou em missão na Cidade de Andradas, Comunidade Betânia. Sou formado em assistência Social, estou noivo, tenho 29 anos e há Seis anos caminho com Cristo.

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Sempre tive um lema em minha vida; “Em busca da felicidade” e tentei de todas as maneiras ser feliz do meu jeito, sempre buscando ser o melhor em tudo que fazia. Procurei a felicidade nos esportes, comecei a fazer capoeira com doze anos de idade e fiz até aos dezoito, procurei a felicidade na “pegação” nas baladas, sempre me relacionando com várias garotas, procurei a felicidade nas drogas… Minha primeira experiência com drogas, foi aos catorze anos, comecei a usar esteroides anabolizantes e drogas injetáveis como potenay.  Mas por mais que eu buscasse sempre voltava vazio, faltava algo que realmente me preenchesse. Com dezesseis anos comecei um namoro desregrado com uma garota do Rio de Janeiro, e além de estar com ela saia com várias garotas nos finais de semana e principalmente no carnaval. Comecei a dançar em um grupo de lambaeróbica na época o mais famoso da região e o status o reconhecimento viraram minha vida de cabeça para baixo. Comecei a usar outros tipos de drogas, lança perfume, cocaína e fui cada vez mergulhando de cabeça nesse mundo de ilusão.

Aos 19 anos, passei na faculdade de Educação Física, o que agravou a situação, comecei a sair mais, usar mais drogas, sair com mais garotas, ao ponto de terminar o relacionamento.  Nesse ano comecei a fazer estágio em uma academia de Itajubá, dava aula de capoeira, lambaeróbica e musculação. Na academia conheci um professor que era traficante, fiz grande amizade com ele, foi a ponte para desandar de vez. Viciei completamente nas drogas me tornei dependente, cheguei a tomar potenay na veia todos os dias, injetando na veia para dar mais efeito. Me tornei dependente e não percebia, meu comportamento mudou, comecei a me tornar agressivo, em todas baladas brigava e normalmente acabava com todas as festas. Um dia usando drogas antes de dar uma aula, o dono da academia me pegou com uma seringa na veia e me mandou embora por justa causa.

Perdi tudo, namoro, estágio na academia e também tive que sair da faculdade, entrei no fundo do poço; me revoltei com a vida, minha casa tinha se transformado em um inferno, não conversava com meus dois irmãos a mais de três anos por brigas diárias, minha mãe estava doente, teve hemorragia interna, estava muito fraca e meu Pai acredito que pelas preocupações que eu dava, teve ataque cardíaco e ficou internado em São Paulo.  Comecei a usar mais drogas ainda, revoltado fui preenchendo meu corpo com tatuagens, comecei a ter relação sexual com muitas garotas e brigava em todos os lugares que eu ia.

Lembro um dia que acordei injuriado com a vida, fui na casa de uma garota que estava saindo ela não quis ter relação comigo, fiquei revoltado, sai da casa dela e comecei a tomar vinho, fumar maconha e cheirar cocaína, isso das 16hs até e madrugada, sai pela rua transtornado, quebrando tudo que via pela frente, dando cabeçada nas portas de lojas, chutando os lixos da rua, lembro que fiquei na rodovia sentado na porta de uma Igreja, cheirando cocaína pra que todos pudessem ver e em mais um ato de revolta, coloquei minha bicicleta no meio da rua, torcendo para que um carro passasse porque eu ia atirar a bicicleta no carro. Fiquei por mais de uma hora esperando um carro passar e nada. Sai gritando pelas ruas, invocando o demônio, chamando ele para briga rsrs, lembro que entrei em casa, abri a geladeira e comi até bife cru.

Cada vez mais no fundo do poço, uma dor dentro do peito ao ponto de começar a planejar um suicídio.  Tentei de várias formas, andava de madrugada no meio da rodovia torcendo para uma carreta passar por cima de mim, tentei ter overdoses cheirando cocaína, planejei tomar veneno de rato.  Lembro de uma das noites que acordei depressivo e por não sair do meu quarto, chegou a ajuntar ratos, minha mãe colocou um veneno debaixo de minha cama e nessa noite acordei pensando em tomar o veneno para acabar de uma vez por todas com aquele desespero. Quando fui pegar o veneno, lembro que pela primeira vez pensei em minha mãe que estava doente e pensei, primeiro vou fazer uma carta me despedindo dela. No dia seguinte fui ao centro para comprar uma carta e caneta para escrever e um dos meus ex alunos me parou na rua, e começamos a conversar:

Ele me perguntava porque eu tinha sumido, das baladas, parado de dar aula de dança e fui inventando mentiras… De repente ele sem saber o que estava planejando, começou a contar a história de uma menina que tentou se matar tomando veneno de rato, ele deu uma grande gargalhada e disse, “veneno de rato não mata”, voltei mais arrasado ainda, não tinha força nem para me matar, me sentia um lixo.  Entrei em depressão profunda, comecei a usar com mais intensidade a maconha e as vezes não conseguia levantar da cama, não cuidava mais da higiene pessoal, não fazia barba, cortava o cabelo, não tinha ânimo para viver.  Meus amigos que usavam drogas comigo, começaram a perceber que algo de estranho estava acontecendo e um deles se preocupou e insistiu para saísse de casa um pouco, insistiu que fossemos a uma cachoeira para fumarmos maconha. De tanto que ele insistiu nós fomos. Ficamos em uma cachoeira chamada São Bernardo, fumando maconha e rindo das idiotices da vida, foi quando meu amigo me fez uma pergunta: Quem é Deus?

Eu estava tão drogado que não conseguia responder, não sábia se era, Jesus, José, ou Deus Pai, comecei a rir muito, mas quando meu sorriso terminou, veio uma falta de ar tão grande, um aperto dentro do coração que comecei a chorar… E perguntei para meu amigo, será que se andarmos mata a dentro, podemos encontrar com Deus?

Desejei ardentemente conhecê-lo, meu amigo ficou assustado (talvez achando que fiquei louco), pegamos nossas coisas fomos embora.

Era sábado, cheguei no portão de casa, tudo estava aberto, entrei a televisão estava ligada, estava passando Raul Gil (Eu nunca tinha visto o programo do Raul Gil) sentei no sofá chorando e comecei a enrolar outro baseado, foi quando o Xandy entrou no palco para cantar junto com uma cantora gospel chamada Jamily. Como o Xandy ia cantar e eu era fã dele, por ser professor de dança, fiquei sentado para ouvir a canção e fui surpreendido. O Xandy foi no programa Raul Gil, para cantar uma música de louvor e não de axé. A música se chamava Deus é maior. Lembro que ele começou a cantar e a letra dizia: “O Deus a quem eu sirvo é um Deus do impossível, Ele pega a pessoa que não tem mais jeito, põe uma medalha no seu peito, porque Ele é maior”.

Na semana anterior tive uma briga feia em casa, minha mãe dizia: Você não tem mais jeito… Quando ouvi que Deus pegava a pessoa que não tinha mais jeito e colocava uma medalha em seu peito, caí prostrado e ali, entreguei minha vida para Ele.

Procurei na internet um grupo de jovens na cidade e descobri que tinha um grupo chamado jovem Cristo. Durante a semana eu fumava maconha e fica lendo a Bíblia tentando descobrir quem era Deus. Li o livro de Gênesis inteiro e a cada dia mais me encantava com a Bíblia.  Uma semana depois em outro sábado, decidir ir no grupo, chamei uns amigos, mas eles caçoaram, nem importei estava decidido, fui e fiz uma única oração, alias a única que eu sábia fazer; ‘Deus ou hoje você me dá a vida ou hoje vou sair desse grupo e me jogar na frente de um ônibus, era tudo ou nada”.

Quando cheguei conheci várias pessoas inclusive o coordenador do grupo que foi meu amigo de infância ele me acolheu conversamos um pouco. Era dia 23/05/2009 a Comunidade celebrava o dia de pentecostes, não lembro o que foi pregado, mas lembro que após a pregação, teve uma momento de forte de oração, eu não sábia rezar, mas sábia que Deus estava ali, um jovem disse: Tem uma pessoa que chegou hoje, que se você ajoelhar Jesus Cristo vai te dar a salvação agora. Eu já estava de joelhos, outras pessoas também ajoelharam, o jovem continuou… Eu vejo Jesus caminhando ao seu encontro ele está te libertando de todas as correntes que te prendem e só você levantar a mão e invocar o nome de Jesus.

Quando eu levantei as mãos, senti a presença de Jesus em minha vida, ele arrancou aquela dor que sentia, uma alegria muito grande invadiu meu coração, fui batizado no Espírito Santo.

No domingo normalmente acordava as 16h da tarde, naquele dia acordei às 07h pegando a bíblia do meu Pai e fui para rua para sair pregando o que tinha acontecido comigo. Foi uma experiência transformadora, nunca mais usei drogas, pedi perdão para meus irmãos, me afastei de ambientes e muitas amizades que me levavam a vida de pecado. Muitas pessoas de me ver transformado ficavam impactadas e se convertiam, pois era muito conhecido na cidade de Itajubá. Jesus mudou completamente minha vida, me deu alegria, esperança, sonhos… Hoje por meio de sua graça sou canal de seu amor a muitos jovens que evangelizo incansavelmente.

Por isso sinto que é meu dever gritar ao mundo para que todos filhos se voltem para Misericórdia do Pai.  (lc 15.20)

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