Não acenda uma vela para Deus e outra para o diabo!

Não podemos receber a graça de Deus em vão! É preciso decidir-se.

( 2 Cor 6,14-15) Não vos atreleis ao mesmo jugo com os infiéis! Pois que afinidade poderia existir entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão entre a luz e as trevas?E que acordo haveria entre Cristo e Belial? Que partilha, entre o fiel e o infiel?

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Não é lícito viver tentando manter acesas, como diz o povo, uma vela a S. Miguel e outra ao Diabo. É preciso apagar a vela do Diabo. Temos de consumir a vida fazendo-a arder inteiramente ao serviço do Senhor. Se o nosso empenho pela santidade é sincero, se temos a docilidade de nos abandonar nas mãos de Deus, tudo correrá bem. Porque Ele está sempre disposto a dar-nos a sua graça e, especialmente neste tempo, a graça de uma nova conversão, de uma melhoria da nossa vida de cristãos.

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Exortamo-vos a não receber em vão a graça de Deus. Porque a graça divina pode encher as nossas almas , desde que não fechemos as portas do coração. Temos de ter estas boas disposições, o desejo de nos transformar realmente, de não brincar com a graça do Senhor.

Não gosto de falar de temor, porque o que move o cristão é o Amor de Deus, que se nos manifestou em Cristo e que nos ensina a amar todos os homens e a criação inteira; mas devemos falar de responsabilidade, de seriedade. Não queirais enganar-vos a vós mesmos: de Deus não se zomba, adverte-nos o mesmo Apóstolo.

Contemplai comigo esta maravilha do amor de Deus: o Senhor vem ao nosso encontro, espera por nós, coloca-Se à beira do caminho, para que não tenhamos outra solução senão vê-Lo! E chama-nos pessoalmente, falando-nos das nossas coisas, que são também as suas, movendo a nossa consciência à compreensão, abrindo-a à generosidade, imprimindo na nossa alma o desejo de sermos fiéis, de podermos chamar-nos seus discípulos!

Basta ouvir essas palavras íntimas da graça, que são como que uma repreensão, tantas vezes afetuosa, para nos darmos conta de que não Se esqueceu de nós durante todo aquele tempo em que, por culpa nossa, nós não O vimos. Cristo ama-nos com o amor inesgotável que cabe no seu Coração de Deus.

Reparai na sua insistência: Ouvi-te no tempo oportuno, ajudei-te no dia da salvação. Já que Ele te promete a glória, o seu amor, e to oferece oportunamente, e te chama – tu que Lhe hás-de dar? Como responderás, como responderei eu também, a esse amor de Jesus, que passa?

aqui está, diante de nós, este dia da salvação. O chamamento do Bom Pastor chega até nós: Eu chamei-te, a ti, pelo teu nome! É preciso responder – amor com amor se paga – dizendo-Lhe: me – chamaste por mim e aqui estou! Estou decidido a que não passe este tempo de Quaresma como passa a água sobre as pedras, sem deixar rasto. Deixar-me-ei empapar, transformar; converter-me-ei, dirigir-me-ei de novo ao Senhor, querendo-Lhe como Ele deseja ser querido.

Texto de José Maria Escrivá, livro o Cristo que passa, com grifos meus.

 

 

 

 

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