Vai ter com a formiga ó preguiçoso  (Pr 6.6)

Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, observa seu proceder e dela aprende a Sabedoria. (Pr 6.6)

Como a palavra de Deus é rica em conhecimento, nesse provérbio o Senhor nos convida a observarmos a sua primeira carta de amor “(a criação). Somos exortados nesse texto a olharmos para uma das menores e mais humildes criaturas a (FORMIGA), para vencermos um dos GIGANTES da vida espiritual a PREGUIÇA.

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  1. Introdução:

Hoje meditaremos sobre a preguiça, um dos sete pecados capitais e também um dos maiores inimigos da vida de oração!

  1. Elas são obedientes – Diz o texto: Ela, embora não tenha chefe, nem vigilante, nem príncipe..
  2. São perseverantes e resistentes: preparam seu alimento no verão e ajunta, no tempo da ceifa, a sua comida. As formigas trabalham em qualquer estação do ano, tanto no verão como no inverno (Tanto na consolação como na desolação).
  3. São zelosas – Por isso seus celeiros sempre estão cheios no tempo de adversidade.
  4. Essas exortações são dadas por causa de uma grande alerta: A PREGUIÇA.

 Até quando dormirás, ó preguiçoso? quando te levantarás do teu sono? Dormes um pouco, outro pouco cochilas, um pouco cruzas os braços, para dormires…  e a indigência virá a ti como um andarilho, a miséria, como um homem armado. (Pr 6.9-11).

A preguiça é sem duvida um dos grandes males de nosso arrefecimento espiritual ao qual o Senhor nos exorta: Tenho contra ti que abandonaste o teu primeiro amor (Ap 2.4).

  1. Mas afinal o que é preguiça?

A preguiça é considerada uma doença espiritual. Como toda doença, para que possa ser curada, é necessário saber o que a motivou, ou seja, a sua causa. O Catecismo da Igreja Católica ensina que ela é também uma tentação e provém de uma outra doença, a presunção; segundo ele, os “Padres espirituais entendem esta palavra [preguiça ou acídia] como uma forma de depressão devida ao relaxamento da ascese, à diminuição da vigilância, à negligência do coração.

 Distinguem-se a preguiça corporal e a preguiça espiritual.

A primeira é uma frouxidão cheia de negligência para o trabalho e os deveres do estado. A segunda, grande desgosto e descuido para a oração e os deveres religiosos.

A preguiça nos exercícios de piedade chama-se acedia: é um certo fastio das coisas espirituais que leva a fazê-las desleixadamente, a encurtá-las, e até às vezes a omiti-las por vãos pretextos. É a mãe da tibieza.

A preguiça consiste, antes de tudo, em fugir do trabalho pelo esforço que implica. É o desgosto e a recusa causada pela necessidade de cumprirmos os nossos deveres, especialmente os nossos deveres para com Deus. Se nos contentamos com um nível baixo na nossa procura da santidade, especialmente se nos conformamos com a mediocridade espiritual, é quase certo que a sua causa é a preguiça.

A preguiça é um vício anexo à sensualidade, porque vem, afinal, do amor do prazer, enquanto este nos leva a evitar o esforço ou o incômodo. Há, efetivamente em todos nós uma tendência ao menor esforço, que nos paralisa ou diminui a atividade.

  1. A Sagrada Escritura e o preguiçoso
  2. a) “Por mãos preguiçosas o teto desaba, por braços frouxos goteja na casa” (Ecl 10, 18).
  3. b) “Anda, preguiçoso, olha a formiga, observa o seu proceder, e torna-te sábio… Até quando dormirás, ó preguiçoso? Quando irás te levantar do sono? Um pouco dormes, cochilas um pouco; um pouco cruzas os braços e descansas; mas te sobrevém a pobreza do vagabundo e a indigência do mendigo!” (Pr 6, 6. 9-11).
  4. c) “Vinagre nos dentes, fumaça nos olhos, tal é o preguiçoso para quem o envia” (Pr 10, 26).
  5. d) “O preguiçoso espera, e nada tem para sua fome” (Pr 13, 4).
  6. e) “O preguiçoso mete a mão no prato, mas não consegue levá-la até a boca” (Pr 19, 24).
  7. f) “No outono o preguiçoso não trabalha, na colheita procura e nada encontra” (Pr 20, 4).
  8. g) “O desejo do preguiçoso causa sua morte, porque suas mãos recusam o trabalho” (Pr 21, 25).
  9. h) “A porta gira nos seus gonzos, e o preguiçoso no seu leito. O preguiçoso põe a mão no prato: levá-la à boca é muita fadiga!” (Pr 26, 14-15).
  10. Os males da preguiça:

Quanto à perfeição, é a preguiça espiritual um dos obstáculos mais sérios, por causa dos seus funestos resultados.

Seis características dos preguiçosos,

  1. a) O preguiçoso tem dificuldades para começar.
  2. b) O preguiçoso é inquieto: pode ter desejos, mas o problema é implementá-los.
  3. c) O preguiçoso cobra dos outros um preço elevado,
  4. d) O preguiçoso, normalmente, é defensivo,
  5. e) O preguiçoso desiste.
  6. f) O preguiçoso vive de desculpas”
  1. Esses males nos levam a terríveis consequências:
  2. a) Torna-nos a vida menos estéril. Pode-se efetivamente, aplicar à alma o que a Sagrada Escritura diz do campo do preguiçoso:

“Passei perto do campo dum preguiçoso, e perto da vinha dum insensato. E eis que os espinhos ali cresciam por toda a parte, as silvas cobriam-lhe a superfície, e o muro de pedra estava por terra… Um pouco de sono, um pouco de sonolência, um pouco cruzar as mãos para dormir, e a tua pobreza virá como um vagabundo e a tua indigência como um homem armado” (Pr 24, 30-31).

É exatamente o que se encontra na alma do preguiçoso: em lugar das virtudes, são os vícios que lá crescem, e os muros, que a mortificação tinha elevado para proteger a virtude, caem pouco a pouco, preparando o caminho à invasão do inimigo, isto é, do pecado.

Remédios contra a preguiça:

A preguiça espiritual sendo uma doença deve ser combatida com unhas e dentes, com remédios eficazes, apresento nessa meditação quatro desses remédios:

  1. Ascese e disciplina.
  2. Vigilância.
  3. Oração.
  4. Perseverança.

Que possamos aprender como as formigas, precisamos executar nosso trabalho com perfeição, pois o Senhor virá em momentos difíceis e nossos celeiros precisarão estar bem cheios!

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