Mal somos atingidos por uma doença corporal, não deixamos de tentar nada, até nos vermos livres da moléstia; estando, no entanto, a nossa alma doente, às vezes, tudo são vacilações e atrasos […]: fazemos do necessário acessório, e do acessório necessário. Deixamos aberta a fonte dos males e desejamos secar os arroios. (Homilias sobre São Mateus, 14, 3)
O mais grave é que, encontrando-nos neste estado [de pecado], não pensamos na deformidade da nossa alma nem nos damos conta do seu aspecto horrível. Quando te sentas numa barbearia para cortar o cabelo, imediatamente tomas na mão um espelho e olhas e voltas a olhar como vai ficando o corte e perguntas aos presentes e ao próprio barbeiro se ficou bem o topete da frente. E, mesmo que já sejas um velho, muitas vezes não te envergonhas da mania de imitar a gente jovem. Mas de que a nossa alma esteja deformada, e até de que tenha assumido o aspecto de uma fera […], nem sequer nos damos conta.
Se a simples circunstância de serem de uma mesma cidade é suficiente para que muitos se façam amigos, como não terá de ser o amor entre nós, que temos a mesma casa, a mesma mesa, o mesmo caminho, a mesma porta, idêntica vida, idêntica cabeça, o mesmo pastor e rei e mestre e juiz e criador e Pai? (Homilias sobre São Mateus, 32, 7)
Não somos nós, mas a Providência divina que faz tudo, mesmo nas coisas que aparentemente somos nós que fazemos. (Homilias sobre São Mateus, 21, 4)
Não é possível falar de não receber em se tratando de Deus, porque, tanto quanto a bondade supera a maldade, assim o seu amor supera o de todos os pais. (Homilias sobre São Mateus, 23, 5)
Além do que já nos disse, o Senhor dá-nos ainda mais um motivo para que tenhamos confiança: Procurai antes de tudo o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo (Mt 6, 33). Depois de ter livrado a alma de toda a inquietação, Cristo recorda-lhe o Céu. Com efeito, Ele veio destruir o que era antigo e chamar-nos a uma pátria melhor. Por isso não poupa esforços para nos livrar do cuidado do supérfluo e para nos desprender do desordenado amor à terra […]. Não nascemos para comer, beber e vestir-nos luxuosamente, mas para agradar a Deus e alcançar os bens eternos. E já que essas coisas devem ser secundárias no nosso empenho, sê-lo-ão também na nossa oração. (Homilias sobre São Mateus, 22, 3)
Mesmo ofendido, Deus continua a ser nosso Pai; mesmo irritado, continua a amar-nos como a filhos. Só uma coisa procura: não ter de castigar-nos pelas nossas ofensas, ver que nos convertemos e lhe pedimos perdão. (Homilias sobre São Mateus, 22, 5)
Caleb tinha 85 anos e se sentia renovado como nos primeiros dias. (cf Josué 14,10-11).
Jesus nunca pregou uma esterilidade espiritual, alias em toda bíblia vemos em toda escritura uma exortação contrária, a palavra de Deus nos chama ao crescimento espiritual. Confira em Mp3
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