Santo Afonso Maria de Ligório e a importância da vida de oração!

Santo Afonso (1696-1787) é conhecido como o “Doutor da Oração”.
Sobre a oração Santo Afonso falou e escreveu muito. Mas, principalmente foi um homem que muito orou: em média dedicava oito horas diárias à oração. Podia, pois, recomendar a todos que fizessem pelo menos uma hora de oração diária, além de frequentes e rápidas preces nas diversas oportunidades do dia.

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Por este meio, pela oração, nos destes a chave de todos os vossos divinos tesouros. E nós, porque não pedimos, queremos permanecer em nossas misérias.
O que mais me causa dor é ver que os pregadores e confessores tão pouco se lembram de recomendar a oração aos seus ouvintes e penitentes! Mesmo os livros espirituais, que hoje em dia andam nas mãos dos fiéis, não tratam suficientemente deste assunto, quando é certo que todos os pregadores e confessores e todos os livros não deveriam incutir nada com mais empenho e afinco do que a necessidade de rezar. Ensinam às almas tantos meios de se conservarem na graça de Deus, como fugir das ocasiões, frequentar os sacramentos, resistir às tentações, ouvir a Palavra de Deus, meditar nas verdades eternas e outros tantos meios, todos eles certamente de muita utilidade. Digo, porém: de que servem as 12 pregações, as meditações e todos os outros meios aconselhados pelos mestres da vida espiritual, se faltar oração, quando é certo que o Senhor diz não “conceder suas graças, senão a quem pedir?” “Pedi e recebereis” (Mt 7, 7). Sem a oração, segundo a providência ordinária de Deus, serão inúteis todas as meditações, todos os propósitos e todas as promessas. Se não rezarmos, seremos infiéis a todas as luzes recebidas e a todas as nossas promessas. A razão é a seguinte: para fazer atualmente o bem, para vencer as tentações e para praticar a virtude, numa palavra, para observar inteiramente todos os preceitos divinos, não bastam as luzes recebidas anteriormente, nem as meditações e os propósitos que fizemos. É necessário ainda o auxílio de Deus. E este auxílio atual, como logo veremos, Deus não o concede senão a quem reza e reza com perseverança. As luzes recebidas, as considerações e os bons propósitos que fazemos, servem para que rezemos nas ocasiões iminentes de desobedecer à lei divina e, assim, possamos obter o socorro divino, que nos conservará incólumes do pecado. Sem isto, sucumbiremos.

Nesse contexto referia há um grande amigo no direcionamento espiritual:

Espero, irmão caríssimo, que depois de terdes lido esta obra, não vos
esquecereis de recorrer sempre a Deus pela oração, quando fordes tentado a
ofendê-lo. E, se alguma vez sentirdes a consciência gravada com muitos
pecados, sabei que a causa disto é a falta de oração e de pedir a Deus os
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auxílios necessários para resistir às tentações que vos assaltam. Peço-vos,
portanto, que leiais este livrinho e o torneis a ler, com toda atenção, não por
ser trabalho meu, mas sim, porque é um meio que Deus vos concede para
conseguirdes a vossa salvação eterna, dando-vos assim a entender, de modo
particular, que vos quer salvar. E, depois de o terdes lido, peço-vos que,
sendo possível, o façais ler a vossos conhecidos e amigos.

Introdução do livro : A oração com grifos meus…

 

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