Por que influentes líderes Cristãos estão declarando voto ao Bolsonaro nessas eleições?

Moralmente não podemos dizer que temos um candidato a presidência da república com critérios e valores totalmente Cristãos nessas eleições, se omitir de longe será a melhor opção, estamos no mundo para fazer a diferença e transforma-lo, mas nessa encruzilhada, o que devemos fazer nessa situação?

As eleições e o (eterno) critério do mal menor – Por que influentes es líderes Cristãos estão declarando voto ao Bolsonaro nessas eleições?

confira essa reflexão na íntegra

A QUESTÃO DO MAL menor é algo delicado e que precisa ser visto com cautela. Acontece no momento em que todas as opções parecem ser imorais. Aqui entra esse princípio conhecido como “o mal menor”. Quando alguém precisa tomar uma decisão, mas as escolhas todas parecem más, é um dever escolher o que provocará um mal menor.

Todavia a regra para esse princípio só pode ser assumida se há extrema necessidade de ação. Se não há urgência, nem dever, deve-se aguardar os acontecimentos e esperar. Ensina Santo Afonso Maria de Ligório:

Consciência perplexa é a de quem, diante de dois preceitos estabelecidos, acredita que pecará se escolher um ou outro, caso possa suspender a ação, é obrigado a adiá-la enquanto consulta pessoas competentes. Se não puder suspendê-la, é obrigado a escolher o mal menor, evitando transgredir o direito natural mais do que o direito humano. Se não é capaz de discernir qual seja o mal menor, faça o que fizer, não peca, porque nesse caso falta a liberdade necessária para que exista pecado formal.[1]

Ora, encontramo-nos hoje em uma encruzilhada: ou votamos no Bolsonaro ou ajudaremos a eleger candidatos socialistas declaradamente contra a Igreja, a família e todos os valores da sociedade cristã. Uma coisa é assassinar um feto, outra é ser a favor, por exemplo, da esterilização química: com ambos não concordo, mas aqui há uma hierarquia de danos a ser assumida.

Bolsonaro declarou-se e tem se declarado contra o aborto. É o único candidato que disse claramente que, se eleito, vetará qualquer lei sobre o tema, e isso para nós já deveria ser motivo de reflexão e de escolha. Mas há também outros posicionamentos muito bons em relação à família, o favorecimento ao projeto Escola Sem Partido, a posição claramente assumida contra o Foro de S, Paulo, etc.

Mesmo que haja lacunas em seu discurso, e há; mesmo que haja algumas posições suas discordantes à luz da Fé e da moral, como no caso da esterilização química, que a liberação de posse de armas para civis possa levar muitos a graves pecados. As propostas do (PT) partido dos trabalhadores, a favor da ideologia de gênero, aborto, e o apoio ao ex presidente Lula, que está preso por comprovada corrupção, são mais nocivos e opõe declaradamente a fé professa por nossa Igreja.

Uma exortação:  Só podemos fazer uso da regra do mal menor quando se torna extremamente necessária uma ação de nossa parte. “Se não puder suspender a ação, é obrigado a escolher o mal menor” [Santo Afonso Maria de Liguori, no seu tratado de Teologia Moral (1755)].

Ora, quem dentre nós é capaz de negar, em sã consciência, a extrema urgência de nosso voto contra os mais perigosos inimigos de Deus? Alguém precisa dizê-lo, hoje o que temos é isto: Ou Bolsonaro ou a derrocada de tudo o que temos por sagrado.

Tanto existe urgência quanto dever; logo, devemos fazer uso do critério do mal menor, como ensina a moral católica: Se não puder suspender a ação, é obrigado a escolher o mal menor

Há teólogos – impávidos em suas mesas, como se não estivessem inclusos nisso tudo, como se habitassem em igrejas espaciais, protegidos em seus castelos – que, diante da realidade, ainda defendem a mera abstenção ou a simples anulação do voto, acreditando que não há urgência, que se pode esperar, que há tempo. E ,“Enquanto Roma pega fogo, Nero toca harpa.”

Omitir-se, agora, pela abstenção ou anulação do voto, constitui, sim, um grave pecado de omissão. Uma ação confortável, digna de Pilatos com sua bacia de prata e todo o resto.  Entenda nós Cristãos não temos partido, nosso critério e Jesus Cristo, por isso precisamos votar consciêntemente ara não cairmos em pecado grave.

  1. Cit. pelo Conselho Pontifício para a Família, Lexicon, Verbete Princípio e Argumento do mal menor. Roma, 2002, p.783

Texto de Pe. Marcelo Tenório  com acréscimos meus.

Fonte: https://www.ofielcatolico.com.br/2008/09/as-eleicoes-e-o-eterno-criterio-do-mal.html

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