Ardor missionário (Atos 4,31)
Ardor Missionário (Atos 4,31)
Quando terminaram a oração, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus.
“É com o coração em chamas que amamos e servimos Àquele que morreu na cruz por nós” por isso já iniciamos essa meditação clamando ‘Vem Espírito Santo! ”
Algumas considerações:
Arder vem de queimar, de fogo, donde vem ardor. Significa também entusiasmo, paixão, vivacidade, força, vigor.
Quando falamos de ardor missionário tratamos de um efeito imediato da experiência concreta do Batismo no Espírito Santo: O desejo de anunciar a palavra de Deus!
Então: Ardor Missionário é um Dom do Espírito Santo que faz o nosso ser queimar de desejo de anunciar a Palavra do Senhor em todos os lugares e ocasiões, mesmo que sejamos perseguidos, maltratados, e até mesmo mortos.
Para que o mesmos é dado?
O mesmo é nos dado para sermos uma Igreja em saída! Para avançar e conquistarmos espaços e pessoas para Cristo.
O mesmo nos da autoridade para removermos tods os obstáculos o medo, a insegurança e até mesmo o apego a própria vida.
Quais são seus frutos?
Os frutos são abundantes:
– Aceitação da Missão, Zelo pelo Evangelho e pelo Senhor.
– Paixão pelas almas, principalmente as mais perdidas.
– Desejo de fazer o melhor para o Senhor (não para si)
– Ação Evangelizadora ungida, eloquente e com poder.
Mas qual seria a fonte do Ardor Missionário?
A fonte desse ardor é o encontro pessoal e diário com Jesus!
Quando André e João fizeram a experiência com Jesus, automaticamente saíram gritando a Pedro: Encontramos o Cristo (João 1,41).
Os mesmos depois de pentecostes continuavam a afirmar: “Não podemos nos calar diante daquilo que vimos e ouvimos” (Atos 4,20).
O vigor missionário é consequência desse continuo e fervoroso encontro com Jesus. O cristão, arrebatado por esse fulgor, se empenha por testemunha sua Fé no Senhor Jesus. Não se trata de um apelo feito a alguns, mas a todos, cada um no seu próprio estado de vida.
Na Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte, João Paulo II já havia escrito:
Esta paixão não deixará de suscitar na Igreja uma nova missionariedade. Cada um poderá constatar a veracidade dessa afirmativa: Quem verdadeiramente encontrou Cristo, não pode guardá-lo para si; tem de O anunciar.
A sede por anunciar aos quatro ventos a mensagem de Jesus é a marca da autenticidade do verdadeiro cristão cheio do Espírito Santo. Admirável é o exemplo que nos deixou o Apóstolo Paulo. Em sua 1ª Epístola aos Coríntios (9,17.22) assim se expressa: Ai de mim se eu não anunciar o evangelho! (…) Tornei-me tudo para todos, a fim de salvar alguns a todo custo.
Em contrapartida: É inacreditável que haja pessoas que se declarem cristãs, católicas e não busquem, por todos os meios válidos, levar aos confins da terra o anúncio explícito de Jesus e sua doutrina
O trabalho missionário se apresenta ao mundo de hoje, em uma singular urgência, a cada dia o secularismo e indiferentismo religioso avança; Estamos vivendo em meio ao caos, uma avalanche de suicídios, drogas, pornografia, corrupção, perda dos valores da família… Como ficar sentados em nossos sofás perdendo tempo com maratona de series na Netflix?
Se queremos viver esse ardor missionário o mesmo só exige de nós duas condições:
A missão exige oração e empenho concreto.
Volto ao texto inicial:
(Atos 4,31) Quando terminaram a oração, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus.
O ardor foi recebido, ou melhor derramado nos corações dos apóstolos pela força da oração, assim como ensina Santo Agostinho: “A oração abre as comportas do céu” a oração não é tudo só 100%.
Segundo essa potência da oração se traduziu em empenho: “e anunciavam corajosamente a palavra de Deus”.
Sejamos uma Igreja com grande ardor missionário, uma Igreja e saída, gastemos nossas forças e vidas, para que em Nome de Jesus esteja submetida toda a terra.