Jesus é a manifestação do amor de Deus! – João 3,16
Confira essa reflexão na íntegra, Deus quer falar em seu coração!
(João 3,16) De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
Esse versículo é o mais conhecido da Sagrada Escritura, o mesmo é o coração do novo testamento, nele encontramos o grito dos apóstolos o kerigma, a revelação do amor de Deus por nós.
Esse texto já foi meditado e explicado pelos padres da Igreja versículo por versículo e ainda assim podemos tirar muitas outras eternas para o nosso crescimento espiritual. Mas nessa reflexão quero falar sobre o contexto do mesmo o dialogo que levou João inspirado por Deus a chegar nessa conclusão:
(João 3,16) De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
O dialogo de Jesus com Nicodemos (veja João cap 3,1-15)
Mas quem era Nicodemos?
(v.,1) Havia alguém dentre os fariseus, chamado Nicodemos, um dos chefes dos judeus.
Nicodemos era um mestre em Israel, um estudante profissional, intérprete e doutor da Lei, ocupando uma posição muito importante, ele era um membro do sinédrio. Para entendermos um pouco melhor a posição de Nicodemos precisamos ter uma noção básica do que era o Sinédrio. De forma bem resumida, o Sinédrio era um tipo de Corte Suprema dos judeus que se reunia em Jerusalém. No tempo de Jesus, a jurisdição do Sinédrio era tanto civil quanto, de certa maneira, criminal.
Os fariseus eram extremamente zelosos quanto a lei de Deus, para um fariseu a religião se resumia em cumprir toda a lei. Os mais fervorosos viviam em uma busca frenética para buscar o perfeccionismo, o que para muitos acabava se tornando um castigo em vista dos pecados do dia a dia, porque violar um só pecado era o mesmo que violar toda a lei.
Outros acabavam vivendo sobre um fardo pesado, de regras, preceitos e mais normas, sem nenhum prazer e vida. Hoje milhares de Cristãos católicos vivem na mesma posição de Nicodemos embora esteja ligados ao culto religioso herdado pela tradição familiar ainda não fizeram um encontro pessoal com Jesus. E por isso sofrem os mesmos sintomas daqueles que vivem em um vida de desregrada de pecado, sentem um grande vazio existencial em seus corações.
Esse vazio é a causa mais profunda de tantos suicídios em nossa sociedade contemporânea. Quando você sente fome, uma refeição pode te ajudar. Em momentos de cansaço, uma boa noite de sono poderá restauras suas forças, até mesmos nossas magoas podem ser curadas com uma dose de afeto e boas conversas. Mas o que fazer com o incomodo do vazio interior, você não sabe de onde vem, mas ele existe e faz morada em seu coração. O mesmo às vezes aperta a garganta, deixa sem ar, como é terrível colocar a cabeça no travesseiro e não conseguir dormir mesmo estando com sono.
Esse vazio, alguns teólogos chamam de sede da alma, fruto da carência humana de Deus. Dizia um escritor romancista Russo que ao ver oito grandes intelectuais da sua geração se suicidarem chegou a uma conclusão: “Dentro do homem existe um vazio do tamanho de Deus”. Fiodor Dostoieviski. De igual modo, o matemático Blaise Pascal afirmou: “há no homem um buraco na forma de Deus”.
Esse buraco é chamado por João de trevas, Nicodemos foi procurar Jesus de noite. Quantas pessoas hoje ainda não estão nas trevas? Algumas são até religiosas, algumas vezes ouvimos o relato de uma pessoa que aparentemente tinha tudo, dinheiro, beleza, família… e der repente se matou.
A maior tragédia humana se da em duas dimensões diante desse vazio:
O primeiro é nega-lo. Dizer que não precisamos de Deus para preenche-lo, sermos soberbos e autossuficientes. O segundo é tentar preencher esse vazio com coisas superficiais, drogas, sexo, objetos materiais… Temos uma prova disso no carnaval, milhares de pessoas estão sendo iludidas, confundindo a felicidade com o prazer, as mesmas estão indo vazias e voltaram mais vazias, pois o pecado não pode preencher nossos corações. Como sair dessa espiral de morte?
Indo ao encontro de Jesus como Nicodemos!
Só Deus pode preencher o vazio do coração humano. Só ele pode dar um novo sentido a nossa vida, curar em definitivo nossas feridas, só ele pode nos libertar dos nossos pecados.
Jesus propõe para Nicodemos algo que ele não entende um novo nascimento. Um nascer do alto, da graça do Espírito Santo. Por que só o Espírito Santo pode nos convencer da infinita misericórdia de Deus por nós, que Jesus é a manifestação do amor de Deus.
O Espírito Santo tem por excelência essa missão nos revelar Jesus, fazer conhece-lo, experimentá-lo, toca-lo e sentirmos ser tocados por ele; Só assim compreenderemos o quanto somos amados, o preço que foi pago no madeiro da cruz, o sangue que foi derramado.
Aqueles que se abrirem a essa experiência poderão dizer como João:
(João 3,16) De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.