Os inimigos da Santidade!

É hora de despertar do sono “kbçaum”!

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Existem três grandes inimigos da santidade, apontados por S.João, precisamos conhece-los para combate-los se desejamos permanecer em estado de Santidade.

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Exorta São Paulo aos Romanos (Rm 13,11-13) Já é hora de nos levantarmos do sono. Porquanto agora está mais perto a nossa salvação do que quando abraçamos a fé. A noite está quase passada e o dia aproxima-se. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz.

Não podemos cochilar, ficar dormindo no ponto, somos chamados a estar vigilantes em prontidão! Há qualquer momento Cristo virá e sem a santidade ninguém verá o Senhor (veja Hb 12,14 b);

Somos chamados à santidade! Com certeza você me dirá que isso não é fácil, e não vos faltará razão. Os inimigos do homem, que são os inimigos da santidade, procuram impedir essa vida nova, que é viver apartir da experiência do Batismo no Espírito uma vida de profunda intimidade com Deus, se configurando a Ele de glória em glória segundo o Espírito do Senhor!

Faço minhas as palavras de JoséMaría Escriva em seu livro “É cristo quem passa” pag 5-6.

“Não conheço melhor enumeração dos obstáculos à fidelidade cristã do que a que nos dá S. João:  (1 João 2,16) Tudo o que há no mundo é concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba de vida.

1º A concupiscência da carne!

Nota – Na moral católica: Concupiscência é o termo utilizado para designar a cobiça ou apreço por bens materiais, assim como os prazeres sexuais e a ganância por poder e/ou dinheiro. a concupiscência é vista como um desejo de menor apetite contrário à razão.

– A concupiscência da carne não é só a tendência desordenada dos sentidos em geral nem a apetência sexual, que deve ser ordenada, mas que não é má em si mesma, pois é uma nobre realidade humana santificável. Por isso, nunca falo de impureza, mas de pureza, porque a todos se dirigem as palavras de Cristo: bem-aventurados os limpos de coração porque verão a Deus. Por vocação divina, alguns terão de viver essa pureza no matrimónio; outros, pelo contrário, renunciarão aos amores humanos, para corresponderem única e apaixonadamente ao amor de Deus. Nem uns nem outros devem ser escravos da sensualidade, mas senhores do seu corpo e do seu coração para os poderem dar sacrificadamente aos demais.

– Ao tratar da virtude da pureza, costumo acrescentar o qualificativo de santa. A pureza cristã, a santa pureza, não é o orgulho de sentir-se puro, não contaminado; é saber que temos os pés de barro, embora a graça de Deus nos livre dia a dia das ciladas do inimigo.

– A santa pureza não é a única nem a principal virtude cristã; contudo, é indispensável para perseverar no esforço diário da nossa santificação e sem ela não é possível dedicar-se ao apostolado. A pureza é consequência do amor com que entregámos ao Senhor a alma e o corpo, as potências e os sentidos. Não é uma negação; é uma alegre afirmação.

– Dizia que a concupiscência da carne não se reduz exclusivamente à desordem da sensualidade; também se traduz no comodismo, na falta de vibração que incita a procurar o que é mais fácil, o mais agradável, o caminho aparentemente mais curto, por vezes à custa de ceder na fidelidade a Deus.

– Comportar-se assim seria como abandonar-se ao império duma daquelas leis – a do pecado – contra as quais nos previne S. Paulo: (Rm 7, 19-25) Eu encontro, pois, esta lei em mim: quando quero fazer o bem, o mal está junto de mim; porque me deleito na lei de Deus, segundo o homem interior; mas vejo nos meus membros outra lei que se opõe à lei do meu espírito e que me faz escravo da lei do pecado, que está nos meus membros.  Infeliz de mim! Quem me livrará deste corpo de morte?. Ouvi o que responde o apóstolo: a graça de Deus por Jesus Cristo Nosso Senhor. Podemos e devemos lutar contra a concupiscência da carne, porque, se formos humildes, sempre nos será concedida a graça do Senhor.

2º  A concupiscência dos olhos!        

– O outro inimigo, escreve S. João, é a concupiscência dos olhos, uma avareza de fundo que nos leva a valorizar apenas o que se pode tocar. Os olhos ficam como que pegados às coisas terrenas e, por isso mesmo, não sabem descobrir as realidades sobrenaturais.

Os olhos da alma embotam-se; ficamos apegados às imagens…  O Senhor Jesus nos exorta:

A lâmpada do corpo é o olho: se teu olho for límpido, ficarás todo cheio de luz. Mas se teu olho for ruim, ficarás todo em trevas. Se, pois, a luz em ti é trevas, quão grandes serão as trevas! (Mateus 6,22-23).

Existe um grande perigo nesse tempo mediante a essa tentação por que vivemos na era das imagens, televisão, celular, computador,  e quando não policiamos aquilo que é impuro entra em nossa alma e nos contamina com o desejo do pecado, seja na futilidade da moda, nas impurezas sexuais, na imitação daqueles que vivem como pagãos.

3º A soberba da vida!

A soberba é o pior de todos os pecados. É o que levou os anjos maus a se rebelarem contra Deus, e levou Adão e Eva à desobediência e ao pecado original.

“Não nos enganemos, porque este é o pior dos males, a raiz de todos os extravios. A luta contra a soberba há-de ser constante, pois não se disse já, dum modo tão gráfico, que essa paixão só morre um dia depois da morte da pessoa?”

Como disse Santa Catarina de Sena, o soberbo “rouba a glória de Deus”, pois quer para si as homenagens e os aplausos que pertencem só a Deus. A soberba tem muitos filhos: orgulho, vaidade, vanglória, arrogância, prepotência, presunção, auto-suficiência, amor próprio, exibicionismo, egocentrismo, egolatria, etc.

Adão e Eva, sendo criaturas, quiseram “ser como deuses” (Gen 3,5); Jesus, sendo Deus, fez-se criatura.

Como combater os inimigos da Santidade?

Confira na próxima meditação!

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