Sempre é possível a vida de oração e intimidade com Deus. (Bento XVI)

O Papa Emérito Bento XVI afirmou que sua renúncia foi inspirada por Deus e que o carisma de seu sucessor, Papa Francisco, reforça cada vez mais a convicção sobre a decisão tomada. A informação foi publicada no site Zenit. Embora a notícia tenha alcançado repercussão na imprensa secular, que mostrou certa surpresa e questionou sobre a possibilidade de Bento XVI ter experiências místicas, com especulações sobre a espiritualidade dele, o que fica de testemunho para a sociedade é que sempre é possível a vida de oração e intimidade com Deus.

Sempre é possível a vida de oração e intimidade com Deus. / Arqrio

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O vigor espiritual desse líder religioso, que, mesmo sendo chefe de estado, não teve apego ao seu cargo e a todas as pompas sociais pertinentes a ele, pôde ser testemunhado pelo mundo inteiro, no último mês de fevereiro . Sua opção foi pela busca de sobriedade, semelhante a da postura do fundador de sua Igreja, o próprio Jesus Cristo.

A coerência consigo mesmo e com as tradições da Igreja, na sua forma de pensar e agir, e o zelo pela defesa dos valores cristãos esquecidos foram marcas fortes do pontificado de Bento XVI, que já revelavam sua vida de oração, que, conforme orienta o próprio Evangelho, se dá no oculto, longe da visão dos que estão ao seu redor.

De acordo com a matéria publicada, através da sua renúncia, Bento XVI ‘não queria fugir do mundo, e sim refugiar-se em Deus e viver de seu amor’. Segundo o Zenit, ele afirmou que quanto mais constatava o grande ‘carisma’ de seu sucessor Francisco, mais compreendia que sua decisão havia sido ‘vontade de Deus’.

O primeiro Papa Emérito da Igreja também contou que a ‘experiência mística’ prosseguiu durante os meses sucessivos à sua renúncia, o que aumentou em seu coração ‘um desejo absoluto de permanecer sozinho’ com Deus, ‘recolhido em oração’.

Aos 86 anos, o Papa Emérito não interfere nos assuntos internos da Santa Sé, apesar de morar a poucos metros da Casa Santa Marta, onde vive seu sucessor, Francisco. Apesar disso, como o próprio Pontífice lembrou durante o seu retorno à Roma após a Jornada Mundial da Juventude, Joseph Ratzinger é como “um avô sábio”, que deve ser ouvido.

— É como ter o avô em casa, mas o avô sábio. Em uma família, se o avô está em casa, é venerado, é amado e é ouvido. Ele é um homem de grande prudência, não interfere, disse Francisco.

O Zenit ressaltou ainda que Bento XVI ‘não comenta e não revela segredos, não faz declarações que poderiam pesar como palavras ditas pelo outro papa, e sim mantém a discrição que sempre o caracterizou’. O Papa Emérito ‘se limita a observar satisfeito as maravilhas que o Espírito Santo está fazendo com seu sucessor ‘. Comportamento próprio de um homem que tem vida de oração.

FONTE: http://arqrio.org/noticias/detalhes/969/sempre-e-possivel-a-vida-de-oracao-e-intimidade-com-deus

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