A UNÇÃO NA MISSÃO (cf. Lucas 4,18)

Confira nessa reflexão:  O que Jesus quis dizer ao revelar: O Espírito do Senhor esta sobre mim, pois ele me ungiu para… (Lucas 4,18).

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Esse texto revela o início da vida pública de Jesus. O Senhor, após a experiência do Batismo no Espírito no rio Jordão, reconhece que a “unção” de Deus está sobre Ele, e a mesma é sua credencial para iniciar com poder sua missão. Nesse texto, Ele toma a profecia de Isaías 61, sobre a vinda e missão do messias, que uma vez (ungido) com o poder do Espírito Santo realizaria muitos sinais, aplicando sobre Ele próprio.

Encontramos nessa conjuntura uma profunda fundamentação que nunca poderá ser mudada se queremos Evangelizar com poder: não podemos sair para a missão enquanto a unção do Espírito Santo não nos é dada. Dizia o Papa Paulo VI: “Nunca será possível haver evangelização sem a ação do Espírito Santo” (RM 75).

A mesma revelação temos sobre o início da Igreja. Antes de Jesus enviar os discípulos ao mundo inteiro, lhes ordenou que aguardassem o cumprimento do Batismo no Espírito Santo ( cf Atos 1,4-5); e com mais precisão, Jesus revela o sinal da experiência da vinda do Espírito Santo ao qual será dado aos mesmos poder (unção) para serem testemunhas (Atos 1,8). No dia de pentecostes a profecia se cumpre e os discípulos começaram a anunciar por toda parte com coragem e poder do Espírito Santo, realizando inúmeros prodígios.

  1. Feito essas considerações quero partir para um segundo elemento: O que é a unção?

A unção é a manifestação do poder de Deus que garante a eficácia de nossas obras.  O evangelho de Marcos termina falando sobre a unção que estava sobre os discípulos:

(Mc 16,20) Então, os discípulos foram anunciar a Boa Nova por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra pelos sinais que a acompanhavam.

Os sinais acompanhavam-nos, ou seja, havia conversões, curas, milagres e prodígios. Essas realidades (poder) testificava a pregação dos discípulos, pois a mesma unção que estava sobre Jesus em seu ministério agora estava sobre eles.

Se nós lermos os cinco primeiros capítulos de Atos dos Apóstolos veremos os sinais espantosos da ação Evangelizadora da Igreja primitiva:

  1. Pregações de poder (Pedro converte mais de 3.000 pessoas, Estevão prega e os Judeus tapavam os ouvidos por que sua palavra queimava aos corações);
  2. Manifestação abundante de carismas (curas, prodígios, milagres extraordinários).
  3. Coragem para o martírio ( Os Cristãos louvavam a Deus diante de situações agonizantes como flagelos, prisões…)
  4. Crescimento abundante da Comunidade ( Lucas narra que a cada dia o Senhor acrescentava mais pessoas que eram salvas).

  1. Qual era o segredo daqueles homens simples, sem estudo e eloquência?

A unção! Eles não tinham a estrutura, a riqueza de conhecimento e Doutrina, mas eles tinham uma profunda experiência com o Espírito Santo que lhes conferia a unção. Antes de ir para o Pai, Jesus disse: “Como o Pai me enviou eu também vos envio: recebam o Espírito Santo”(cf João 20,21-22), por isso os Apóstolos começaram a ver diante de seus próprios olhos o que Jesus ensinou em “ Aqueles que crerem em mim farão as obras que eu faço e farão ainda maiores do que estas” (cf. João 14,12).

  1. Mas afinal, como receber essa unção?

 

  1. Retidão de coração

A unção é dada para glorificarmos a Deus e não a nós mesmos. Começamos a perder a unção quando queremos roubar a glória que só pode ser dada a Jesus. No que se tratam as manifestações carismáticas, somos apenas meros “servos inúteis”, instrumentos que precisam ser dóceis nas mãos de Deus. Quando não temos a retidão buscamos aplausos, criamos empecilhos para a própria Evangelização, sobretudo quando Deus escolhe usar outro filho, por meio de inveja, soberba, orgulho, vanglória… Temos que vigiar constantemente os nossos corações nesse ponto.

  1. Oração –

“É fácil saber como se consegue o Espírito Santo em vista da evangelização. Basta ver como Jesus o conseguiu e como a Igreja o conseguiu no mesmo dia de Pentecostes. Lucas descreve assim o evento do batismo de Jesus: “Enquanto Jesus, tendo sido batizado também ele, estava em oração, o céu se abriu e desceu sobre ele o Espírito Santo” (Lc 3,21-22). Foi a oração de Jesus que penetrou os céus e fez descer o Espírito Santo e o mesmo aconteceu com os apóstolos. O Espírito Santo, em Pentecostes, desceu sobre eles enquanto “perseveravam unanimemente na oração” (At 1, 14)”.  (Ranierro Cantalamessa).

  1. Obediência – Não existe autoridade espiritual sem obediência, a Deus e a Igreja, testemunham os apóstolos: o Espírito é dado aqueles que lhe obedecem (Atos 5,32).

 

E para concluir:

 

  1. A própria missão: Onde o Espírito Santo mais age? Responde-nos o Papa Paulo VI: “é na missão evangelizadora da mesma Igreja que ele mais age”. Não foi por puro acaso que a grande badalada para a evangelização sucedeu na manhã do Pentecostes, sob a inspiração do Espírito.

Se quisermos ver uma demonstração do poder do Espírito como Pedro, Paulo e tantos outros Santos e pregadores da Renovação Carismática viram, precisamos sair anunciando corajosamente no poder do Espírito Santo!

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