Teologia da Graça!
Graça, justificação e mérito, confira o significado dessas três palavras para compreender a teologia da graça. Aleluia!
1 – A Justificação:
Definição: Ação ou efeito da graça divina que torna o homem justo.
A graça do Espírito Santo tem o poder de nos justificar, isto é, purificar-nos dos nossos pecados e comunicar-nos a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo e pelo Batismo – Rom 3,22; 6,8-11.
Pelo poder do Espírito Santo, participamos da Paixão de Jesus (morrendo para o pecado), e da Ressurreição (nascendo para a vida nova); somos os membros do seu Corpo que é a Igreja, os ramos enxertados na Videira que é Ele mesmo.
A 1a obra da graça do Espírito Santo – Conversão. Sob a moção da graça, o homem se volta para Deus e se aparta do pecado, acolhendo assim o perdão e a justiça do alto. A justificação alcança a remissão dos pecados, a santificação e a renovação do homem interior.
A justificação ocorre graças à iniciativa da misericórdia de Deus, que oferece o perdão Reconcilia o homem com Deus. Liberta-o da servidão do pecado e o cura.
A justificação é ao mesmo tempo o acolhimento da justiça de Deus pela fé em Jesus. Com ela, a fé, a esperança e a caridade são derramadas em nossos corações, e é nos concedida a obediência à vontade divina.
A justificação nos foi merecida pela Paixão de Cristo que se ofereceu na cruz como hóstia viva, santa e agradável a Deus, e cujo sangue se tornou instrumento de propiciação pelos pecados de toda a humanidade.
É concedida pelo Batismo.
Faz-nos conformes à justiça de Deus, que nos torna justos.
Tem como meta a glória de Deus e de Jesus e o dom da vida eterna. É a obra mais excelente da misericórdia de Deus.
A justificação estabelece a colaboração entre a graça de Deus e a liberdade do homem
2 – A Graça:
Nossa justificação vem da graça de Deus. A graça é o favor, o socorro gratuito que Deus nos dá para responder ao seu convite: tornar-nos filhos de Deus, filhos adotivos, participantes da natureza divina, da Vida Eterna.
A graça é uma participação na vida divina, introduz-nos na intimidade da vida trinitária.
A vocação para a vida Eterna é sobrenatural. Depende integralmente de Deus, de sua iniciativa gratuita.
A graça de Jesus Cristo é dom gratuito que Deus nos faz de sua vida infundida pelo Espírito Santo em nossa alma, para curá-la do pecado e santificá-la. Trata-se da graça santificante recebida no Batismo. Em nós ela é a fonte da obra santificadora – 2Cor 5, 17-18.
Graça habitual: disposição permanente para viver e agir conforme o chamado divino.
Graças atuais: designam as intervenções divinas, quer na origem da conversão, quer no decorrer da obra de santificação.
A graça é antes de tudo e principalmente o dom do Espírito que nos justifica e nos santifica. Mas a graça compreende diferentemente os dons que o Espírito Santo nos concede para nos associar à sua obra, para nos tornar capazes de colaborar com a salvação dos outros e com o crescimento do corpo de Cristo. São as graças sacramentais- dons próprios de cada sacramento. São além disso, as graças especiais designadas também carismas.
Entre as graças especiais estão as graças de estado que acompanham o exercício das responsabilidades da vida cristã e dos ministérios no seio da Igreja.
3 – O Mérito:
Nosso mérito em face de Deus consiste apenas em seguir o seu livre desígnio de associar o homem à obra da graça. O mérito pertence a graça de Deus em 1o lugar, à colaboração do homem em 2o lugar. Cabe a Deus o mérito humano.
Sob a moção do Espírito Santo e da caridade, podemos merecer para nós e para os outros as graças úteis para a nossa santificação, para o crescimento da graça e da caridade, e para ganhar a vida eterna.
O amor de Jesus em nós constitui a fonte de todos os nossos méritos diante de Deus.