Basta-te a minha graça!

Há certas circunstâncias difíceis na vida que não podemos fazer nada. Paulo em 2 Coríntios 12.7-10 se vê diante de um grande problema o qual ele chama no versículo 7 de “espinho na carne”. Há uma divergência sobre o que seria esse “espinho na carne”, mas o que se sabe é que era algo que o afligia fortemente. Paulo não pôde fazer nada para resolver a situação; ele estava diante de uma questão insolúvel.

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O que ele fez?

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No versículo 8 ele dá a resposta: “…três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim.” Paulo não ficou inerte, ele orou. Ele queria alívio. Contudo no versículo 9 ele recebe a resposta de Deus: “…A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza…” Assim, a solução de Deus para Paulo foi levá-lo a depender dEle e descansar em Sua graça para lidar com a crise na qual passava.

“Graça” é uma palavra interessantíssima e importante na Bíblia. “Graça” significa “favor não merecido”. A Bíblia apresenta três tipos de “graça”:

1) A “GRAÇA COMUM”. Essa é aquela que Deus dá a todos de forma indistinta, tais como: o brilhar do sol, as estações, comida, roupa, abrigo, trabalho, etc. Todos os seres humanos, sem exceção, estão envolvidos nessa “graça comum”.

2) A “GRAÇA SALVADORA”. Essa é a que Deus opera na vida de uma pessoa trazendo convicção de seus pecados, apontando para a salvação em Jesus. Essa “graça salvadora” faz do indivíduo um ser regenerado, nascido de novo, herdeiro com Cristo e filho de Deus.

3) A “GRAÇA CAPACITADORA”. Essa é a que o apóstolo Paulo experimentou no texto lido. É um tipo de “graça” que traz força na luta, na dor, na tribulação; que traz discernimento e capacita ir adiante quando humanamente tudo conspira contra. Essa é a “graça” que faz a pessoa ir além do normal, do lógico, do trivial, do óbvio, do comum e do racional. É uma graça que sustenta na provação, no cansaço e nos problemas sem fim.

Os autossuficientes, prepotentes, orgulhosos, “cheios de si” e legalistas não entendem esse viés da “graça”. Eles não conseguem dizer “obrigado” na manifestação da “graça comum”. Eles não enxergam seus pecados e por fim não participam da “graça salvadora”. Eles não estão envolvidos na “graça capacitadora” porque não querem depender de Deus por crerem em si mesmos e em suas próprias forças e capacidades.

A “graça” de Deus está disponível apenas para um grupo de pessoas: os humildes! Deus nos diz claramente Em 1 Pedro 5.5: “…Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça.”

A razão pela qual os problemas chegam em sua vida, como chegou a Paulo, tem como motivo principal revelar a realidade de sua fraqueza e a suprema importância de você depender totalmente de Deus em sua fraqueza.

Se diante das lutas você aprender a depender da maravilhosa graça de Deus, sua vida nunca perderá o “gás”, o ânimo e a alegria. Recorramos a Deus o tempo todo, como dizia Santo Agostinho o homem é um mendigo de Deus, façamos de sua graça nossa dependência e sobrevivência e nada nos faltará. Aleluia!!!https://rnavesamorim.com/2016/11/10/dependencia-da-graca/

Fontes:

http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p4s1cap2_2650-2696_po.html

http://www.freifrancisco.com.br/2014/09/homem-mendigo-de-deus.html

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