Esmirna – As Igrejas do Apocalipse (Estudo).

 

  1. INTRODUÇÃO:

Durante o período em que Paulo ficou em Éfeso, na sua terceira viagem missionária, “todos os habitantes da Ásia” ouviram o evangelho de Jesus (Atos 19.10). Pedro incluiu os eleitos e forasteiros da Ásia entre os destinatários de sua primeira carta (1 Pedro 1.1). É bem possível que a igreja em Esmirna, uma cidade situada aproximadamente 65 km ao norte de Éfeso, esteja incluída nestas citações. Mas, a primeira vez que ela é identificada por nome é nas citações no Apocalipse. Por isso, não temos informações específicas sobre esta igreja, além dos quatro versículos desta carta ao anjo da igreja em Esmirna. O pouco que sabemos é positivo. Esta carta elogia e encoraja, sem oferecer nenhuma crítica dos cristãos em Esmirna.

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  1. A CIDADE E A IGREJA:

Esmirna por muitos anos fora uma cidade muito próspera. Teve sua época obscura, mas fora reconstruída por Alexandre, o Grande, e por Antígono. Quase que repentinamente tornara-se uma cidade notável e rica, e assim se manteve até depois do período do Novo Testamento.

Não temos notícias de como se formou a igreja em Esmirna. Umas das possíveis especulações foi quando Paulo em Éfeso distribuiu seus discípulos de modo que toda a Ásia veio a conhecer o evangelho.

A tradição em seus relatos históricos exalta na cidade de Esmina São Policarpo, conhecido também como São Poilicarpo de Esmirna, um dos discípulos de São João Evangelista. Ainda no tempo dos Apóstolos, foi nomeado bispo da cidade de Esmirna, na atual Turquia. Policarpo nasceu numa família cristã, rica e nobre, no ano 69, em Esmirna. Foi discípulo de São João e teve a graça de conhecer outros apóstolos do grupo dos doze, que conviveram com Jesus.

A História nos fala das perseguições ali desencadeadas contra os cristãos, bem como do ministério e martírio de Policarpo entregue às feras no Coliseu Romano.

Mergulhando na Sagrada Escritura, vamos analisar cada versículo:

  1. IDENTIFICAÇÃO (2.8) “Ao anjo da igreja de Esmirna, escreve: Eis o que diz o Primeiro e o Último, que foi morto e retomou a vida.”

Assim como no capitulo primeiro o Senhor se apresenta como “o primeiro e o último, o que foi morto, mas ainda vive”. Assim, como no capitulo primeiro Ele quer dizer-lhes que está ciente de tudo quanto eles estão sofrendo, mas se apresenta como Aquele que “ainda vive” como vencedor a Igreja que passa por inúmeras tribulações.

  1. LOUVOR (2.9) “Eu conheço a tua angústia e a tua pobreza

O Senhor revela que conhece profundamente a Igreja, conhece a tribulação e a pobreza.

Tribulação, pressão que vem de fora para destruir (perseguição); Ele também conhece a “pobreza” deles. Isto, sem dúvida, denota que tiveram confiscados os seus bens, meio de que Domiciano lançava mão para persegui-los, na mesma ótica exorta a Carta aos Hebreus 10.34, nesse contexto havia uma maior perseguição sobre os Cristãos do que os Judeus e muitos Judeus convertidos aos cristianismo regrediam a fé judaica para não serem perseguidos e seus bens serem confiscados.

Os cristãos de Esmirna haviam perdido todos os seus bens materiais. Não obstante, Cristo, que tudo vê e tudo conhece, lhes diz: “mas tu és rico.” Sua riqueza provinha da perseverança ao primeiro amor a Jesus que se manifestava no testemunho e perseverança na radicalidade do Evangelho.

Na verdade, a igreja em Esmirna era uma igreja rica. Ele conhecia “a blasfêmia dos que se dizem judeus”. Isto certamente é referência aos judeus que tinham escapado à perseguição e à confiscação de seus bens por terem cedido ao culto do imperador. Assim, a religião deles era tida como lícita, pois faziam orações ao imperador, e, assim, conseguiam afugentar de si a sorte dos cristãos.

Agora passavam a caçoar e a falar mal dos cristãos que haviam perdido tudo por permanecerem fiéis à sua religião. Cristo afirma que eles não são judeus realmente – são, sim, “a sinagoga de Satã” – são a gente do diabo.

  1. CONSOLAÇÃO (10 a) “Nada temas ante o que hás de sofrer.”

É interessante notar que o Senhor não promete tirá-los de suas dificuldades e apertos. Mas os exorta a permanecer fiéis “Sê fiel até a morte e te darei a coroa da vida.”

Os mesmos serão tentados por forte pressão externa durante dez dias — número que simboliza tribulação extrema e completa. Cristo não se oferece para tirá-los daquelas dificuldades, porque vencer dificuldades é o meio apropriado para construir e consolidar o caráter forte.

  1. A PROMESSA (2.10 a, 11b)

A promessa de Cristo é dupla: “Sê fiel, mesmo que isso te leve à morte, e eu te darei a coroa da vida… O que vencer não receberá o dano da segunda morte.” Cristo lhes diz que não devem ter medo de morrer, porque a vida eterna os aguarda.

Ele lhes dará a coroa da vida — prêmio de uma corrida vencida. Não serão alcançados pela “segunda morte”, que simboliza a punição eterna. O descrente morre, e encontra uma outra “morte” à sua espera. O crente morre, e encontra a vida eterna. Aqui, como sempre, a promessa é para a vida vitoriosa.

4 – AVISO (2.11a)

Aqui, como nas outras cartas, o alarma é contra o perigo da tibieza: “O que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”

Fontes:

https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-sao-policarpo/317/102/#c

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