Pentecostes sinal de missão e ousadia!
“E cada dia, no Templo e pelas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Boa Nova de Cristo Jesus” (At 5, 42).
Vejam os Apóstolos, com que rapidez vão de casa em casa pregando a Boa Nova de Cristo Jesus. O que os levam a pregar com tanto fervor e coragem a Cristo Jesus? É o amor a Nosso Senhor e o desejo ardente de salvar as almas. leia mais…
Aquele que possui o verdadeiro amor não conhece barreiras, e se por acaso elas surgirem, o mesmo a contorna ou passa sobre a mesma.
Os Apóstolos não viviam em uma região fácil e aberta para Nosso Senhor, pelo contrário, viviam sob terrível perseguição: “Chamaram os Apóstolos à sua presença e, depois de os mandarem açoitar, ordenaram-lhes que não falassem no nome de Jesus, dando-lhes depois a liberdade” (At 5, 40).
Por que foram açoitados? Haviam cometido algum mal? Não; porque estavam pregando o Kerigma, a Salvação que vem pelo Nome de Jesus.
As chicotadas deixaram marcas em seus corpos, mas não em suas almas; com certeza jorrou sangue, mas as mesmas não conseguiram arrancar o amor que reinava em seus corações.
Vivemos em tempos árduos para Evangelização. Existe uma forte ateísmo militante exaltado por suas doutrinas mundanas e racionais, divulgado pela mídia, que de todas as maneiras tenta abafar a verdade e os mensageiros do Evangelho. Nessa atual conjuntura, aquele que se decide trabalhar com seriedade para a glória de Deus é açoitado, não com varas ou cordas, e sim, pelos chicotes das calúnias, provações, indiferenças e perseguições. Como aconteceu com os Apóstolos que não desanimaram diante dos açoites, também a fúria dos perversos não consegue apagar o fervor daqueles que possuem a real experiência do Batismo no Espírito Santo. As dificuldades presentes pelo contrario os levam a trabalhar com mais empenho:
“Uma alma inflamada do amor de Deus não consegue ficar inativa” (Santa Teresinha do Menino Jesus).
É preciso imitar o exemplo e a fortaleza dos apóstolos; quando se trata de agradar a Deus e de salvar as almas, não devemos nos intimidar nem desanimar, e sim, lutar com coragem sem olhar o tamanho dos obstáculos:
“O zelo é uma loucura divina de apóstolo, que te desejo, e que tem estes sintomas: fome de intimidade com o Mestre; preocupação constante pelas almas; perseverança que nada faz desfalecer” (São Josemaría Escrivá, Caminho, 934).
O amor dos Apóstolos era qual fogo que ardia em seus corações, e mesmo sob ameaças e correndo grande perigo de serem presos ou mortos, não ficavam no “buraco” do comodismo nem na “poltronice” da mediocridade da vida, e sim, pregavam a Boa Nova de casa em casa todos os dias.
Quão grande deve ser o nosso amor a Cristo Jesus e às almas, ele deve ser um sino que tine o tempo todo nos convidando a pescar, não peixes, e sim, almas imortais. Quando se trata de trabalhar para a glória de Deus, não obtemos pelo mais fácil ou mais cômodo, mas pelo caminho mais árduo e difícil, somos chamados a nadar contra correnteza. (cf Rm 12,1-2)
É preciso evangelizar de casa em casa, não deixemos nenhuma para trás, precisamos dizer a todos que Cristo é o Senhor, e nosso único Salvador, que temos o inferno a evitar e o céu a conquistar; não deixemos ninguém indiferente, mas “incendiemos” a todos com o amor misericordioso de Cristo que não quer ver nenhuma de suas ovelhas perdidas (cf 1 Tm 2,4).
Em At 5, 42 diz que os Apóstolos ensinavam e anunciavam a Boa Nova de Cristo Jesus; isso por que estavam agora após pentecostes aqueles simples homens repletos do Espírito Santo (cf Atos 2,4) e por isso, anunciavam o Evangelho com convicção, ousadia, unção e colhiam copiosos frutos.
O amor vence as barreiras, não somente algumas, mas vence a todas…
O amor é um “fogo” que aquece continuamente o coração daqueles que trabalham pela salvação das almas. Aquele que não ama carrega no seu interior uma tocha apagada, e assim, não consegue iluminar nem aquecer os corações.
Por isso nesses dias, onde a Igreja mais necessita de uma nova Evangelização, clamemos todos juntos, por um novo e ardente pentecostes…
“Renova os teus milagres nestes nossos dias, como em um novo Pentecostes.” (Papa João XXIII)