O SENHORIO DE JESUS (Lucas 6.46)

(Lucas 6.46) “Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que vos digo?

Não basta que Jesus seja nosso Salvador, para tomarmos posse da nossa Salvação conquistada por Ele na cruz, precisamos nos submeter ao seu Senhorio! O que implica em um principio bíblico que Deus não abre mão e condição para vivermos suas promessas e seu reino: A OBEDIÊNCIA!

Confira essa reflexão na íntegra. 

Na língua portuguesa a palavra senhor é bem abrangente. Chamamos de senhor as pessoas mais velhas, as autoridades, nossos avós e pais e também chamamos Jesus. A palavra senhor não tem o mesmo significado dos tempos templos bíblicos, naquela época a palavra senhor era usada para designar a autoridade máxima, o numero um, o homem acima de todos, o rei e dono da criação.  O vocábulo grego kirios (que significa senhor) com inicial minúscula era usada pelos escravos para se referir a seus amos.

A mesma palavra usada com inicial maiúscula era usada apenas a uma pessoa do império Romano – a César. O Cesar Romano era o Senhor. Assim quando os funcionários públicos ou soldados se encontravam na rua, tinham que saudar uns aos outros com as palavras “César é o Senhor”.

Após a experiência de pentecostes em Jerusalém houve uma grande conversão, muitos Judeus  e homens de todas as nações mudaram sua profissão de fé e começaram a professar não mais César mas Jesus como Senhor. Autoridade máxima que regia suas vidas. Em pouco tempo tal pratica começou a gerar problemas, quando um soldado se encontrava com um Cristão e dizia César é o Senhor e um Cristão dizia: Não, Jesus é o Senhor, essa profissão de fé começou a gerar conflitos, não por causa do nome a ser professado mas pela conduta, valores e regra de vida. César sabia que os Cristãos estavam dispostos a radicalizar sua obediência em Jesus e não em suas leis e normas. Por isso não é de se admirar que a Igreja primitiva seria tão perseguida.

Milhares de Cristãos e mártires e Santos foram assassinados justamente porque não abriram mão de sua convicção de fé, eles preferiam morrer do que negar o precioso nome de Jesus.

Essa conduta não se resumia a um jargão como vemos nos dias de hoje “Jesus é meu Senhor” mas se entendia nos mínimos detalhes  de suas vidas, o Cristianismo arrastava multidões não por causa de suas belas pregações mas por causa de seu estilo de vida.  Tanto que passaram a serem chamados de “Cristãos” outros cristos porque eles se assemelhavam a Jesus em sua radicalidade de fé, obediência e sobretudo no amor a Deus e uns para com os outros.

É bem conhecida a frase de Tertuliano um pagão que foi convertido no ano 39 dC “vejam como eles se amam”.

 Mas você poderia me perguntar: Porque eles eram tão radicais, eles não poderia relativizar as suas opções de fé em vista de preservar a vida?

Os cristãos radicais porque eles tinham compreendido um principio fundamental do Evangelho de Jesus Cristo: A SALVAÇÃO VEM PELA OBEDIÊNCIA!

Como foi que Jesus se apresentou a Zaqueu?

Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”.(Lucas 19.5).

Se fosse um de nós, diríamos a Zaqueu já que ele era um homem rico e importante:  senhor Zaqueu, o senhor poderia descer dessa arvore para que eu possa conversar contigo?

Isto daria a Zaqueu a possibilidade de optar, Zaqueu poderia dizer que sim, mas também poderia dizer que não se o assunto tratado não fosse tão importante.   Mas não foi isso que Jesus fez o Senhor o ordenou que descesse e mais apenas o avisou que iria se hospedar em sua casa, e lembre-se que Jesus nunca andava sozinho com ele vinham sempre os doze. Imagine a reação da esposa de Zaqueu:  “Por que você não me avisou Zaqueu?  A casa esta uma bagunça, o almoço não esta pronto…”Zaqueu diria, eu não os convidei, Jesus disse que iria entrar em minha casa. Ele ordenou eu apenas obedeci”.

Logo diz o Senhor Jesus a Zaqueu: “Hoje aconteceu a salvação para esta casa” (Lc 19.9).

Não sabemos o que foi falado naquela casa, mas sabemos que Zaqueu se submeteu a um principio a OBEDIÊNCIA.

Ele poderia ter recusado a ordenança de Jesus, mas logo isso implicaria em uma terrível consequência, Jesus se tornaria inimigo de Jesus.  Foi isso que o Senhor quis dizer quando disse: “Quem não é por mim é contra mim”. Obedecer implica em um reconhecimento de Cristo como autoridade, e consequentemente uma submissão total ao seu Evangelho, diz o texto que imediatamente Zaqueu tomou uma decisão:  (lc 19.8) Zaqueu pôs-se de pé, e disse ao Senhor: “Senhor, a metade dos meus bens darei aos pobres, e se prejudiquei alguém, vou devolver quatro vezes mais”.

Se Zaqueu houvesse resistido à proposta de Jesus teria se tornado seu inimigo.

A salvação em Jesus só é manifestada em nossas vidas quando nos arrependemos e convertemos nossa vida em submissão a Ele, essa submissão deve ser total, não há como abrir brechas ou concessões, por que Jesus exige uma  decisão radical.

Cabe a cada um de nós decidirmos que queremos nos submeter aos valores do seu Evangelho e viver seu Senhorio ou se queremos viver sobre a nossa forma de pensar sendo senhor de nós mesmos.

Desde o antigo testamento Jesus foi profetizado como Senhor e rei que deveria vir. Ele é maior que Davi, Moisés e todos os anjos, Davi o rei o chamou-o de meu Senhor (Salmo 110.1). Esse é um titulo que cabe somente a Ele, e todo aquele que vem a Ele, deve se submeter aos seus princípios mas terá também sua proteção e providência.

Por isso hoje o Senhor nos diz:  “Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que vos digo?

As idéias centrais desse texto são tiradas do livro ” O discípulo” de Juaz Carlos Hortiz cap. 1 e 2

 

 

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