“Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão…” (1 Cor 9, 27)

Por que devemos mortificar o corpo?

Enquanto estamos nesta vida, ninguém tem a perseverança final assegurada: Somente aqueles que perseverarem até o fim serão salvos. A Salvação embora seja mais ação de Deus do que nossa não é garantida a nenhum Cristão, pois podemos começar no Espírito e terminarmos na carne, abandonando o seguimento do chamado ao Senhor. (veja Mt 24,13; Gl 3,3).

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São Paulo sendo conhecedor da Sagrada Escritura e de suas fraquezas declara: Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero. (Rm 7,19). O pecado tornou a natureza humana decaída, ou seja somos mais propensos a desejar o pecado do que a graça. Quando nos convertemos por ação de uma experiência com Cristo, somos libertos do julgo do pecado, mas as consequências do pecado ainda permanecem em nós.

O que fazer nesse combate mortal ?  Pedir a graça para não entrar em tentação, mas também devemos lutar e uma das vias é mortificar. Devemos fazer morrer em nós as más inclinações que nos levam ao pecado. Desta forma, com a ajuda da graça de Deus e confiado na sua misericórdia, poderá o cristão fazer suas as palavras que São Paulo escrevia no fim da sua vida: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.” (2 Tm 4,7).

 As mortificações visão combater as paixões desordenadas, a tradição também os chamou de pecados capitais, pecados que são portas para outros pecados:  Gula, avareza, luxuria, vaidade, preguiça, ira, inveja.  São Paulo também fala dos frutos da carne: (Gálatas 5, 19-21) imoralidade sexual, impureza, devassidão, idolatria, feitiçaria, inimizades, contenda, ciúmes, iras, intrigas, discórdias, facções, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Todos esses males estão enraizados em nossas almas por isso é necessário cruz, mortificação constante. Nosso Senhor Jesus Cristo havia recomendado aos seus discípulos a prática moderada do jejum e abstinência, a mortificação da vista e do tato. São Paulo compreendia tão bem a necessidade de mortificar o corpo, que o castigava severamente, para escapar ao pecado e à reprovação: “Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão…” (1 Cor 9, 27). A própria Igreja Católica interveio para prescrever aos fiéis certos dias de jejum e abstinência.

Qual é a razão de tudo isto? O autodomínio que leva a Santificação. O corpo bem disciplinado, é um servidor útil, necessário até, para que possamos alcançar virtudes ainda maiores. Peçamos ao Senhor o poder do Espírito Santo para que possamos mortificar a nossa carne e viver com mais radicalidade o Senhorio de Jesus.

 

 

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