Por que a família de Jesus pensava que Ele estava louco?
“Ele enlouqueceu” Paz irmãos em Cristo! Deixo uma breve meditação sobre o texto de Marcos 3,20-21 refletido no Curso Boa Semente, essa instrução é divida em três segmentações:
- Exegese do texto. b) Sentido místico c) Aplicação do texto.
Confira essa estudo na íntegra!
Exegese: Sabemos que após iniciar seu ministério, Jesus considerava sua família todo aquele que o acolhia, e aceitava seus ensinamentos mais do que aqueles que tinham um parentesco sanguíneo. O problema era que os ensinamentos de Jesus causavam escanda-lo, a mensagem da cruz incomodava até mesmo aos religiosos, sua proposta de vida radical conflitava, Jesus chegou a receber por causa dessa radicalidade muitos insultos: “‘É um comilão e beberrão, amigo de publicanos e de pecadores’ (Mateus 11,19) que ele tinha um demônio Beelzebu (Marcos 3,22),o apóstolo João revela que os irmãos de Jesus não criam nele (João 7,5) Pois nem os seus irmãos acreditavam nele.
Santo Agostinho faz uma consideração a respeito dos irmãos de Jesus:
Quando você lê irmãos do Senhor, deve-se entender que estes eram parentes de sangue de Maria, porque nenhum outro nasceu dela. Assim como no sepulcro onde estava o corpo do Senhor, nenhum outro morto foi colocado, antes ou depois, também as entranhas de Maria não conceberam nenhum outro mortal, antes ou depois de Jesus Cristo. (Santo Agostinho).
E por que não criam nele, os mesmos tentavam impedi-lo, achando que Jesus estava louco por causa de sua proposta radical de vida.
Sentido místico: Seus parentes diziam: “Ele enlouqueceu’
Em certo ponto essa afirmação esta correta diz Santa Maria Madalena de Pazzi: Sim… o Verbo se fez carne para salvar as criaturas ingratas. Grande “loucura”… “Sim, Jesus, Vós estais louco de amor!”
Mas essa afirmação equivocada foi gerada porque existem duas vias do conhecimento de Deus: A sobrenatural e a natural.
Observe o que ensina o Apóstolo Paulo:
(1 Cor 2,14) O homem não-espiritual não aceita o que é do Espírito de Deus, pois isso lhe parece loucura. Ele não é capaz de entendê-lo, porque só pode ser avaliado pelo Espírito. E mais: (2 Cor 5,16) Assim, doravante, não conhecemos ninguém à maneira humana. E se, outrora, conhecemos Cristo à maneira humana, agora já não o conhecemos assim.
Podemos conhecer a Cristo de forma humana: Racional, intelectual. O que faz a proposta de seu Evangelho nos parecer loucura. Muitos conhecem Cristo dessa forma com o intelecto, mas ainda não o conheceram com o coração, falta-lhes a experiência viva com o Senhor por isso não havia neles transformação de vida.
Quantos Cristãos não conhecemos que vivem hoje como pagãos? Quantos batizados que precisam urgentemente ser convertidos?
Hoje grande parte dos católicos conhecem a Cristo de duas formas: Aplicação!
- Por meio de devoções “sabedoria que herdamos de nossos pais”. Infelizmente essa religiosidade popular tem seus pontos fracos, a mesma tende a levar a superstição. Ex: Colocar santo de cabeça para baixo ou dar água para o santo beber”; levar criança na benzedeira, passar o terço na criança, ter medo de quebrante, acreditar em signos… Superstições que também contaminam as Igrejas Evangélicas e que muitos falsos pastores usam para extorquir o povo: Vender objetos ungidos, fazer campanhas e mais campanhas, determinar bênçãos… Apenas uma religiosidade vazia.
- Intelectualismo: Conhecer a Cristo pelo esforço intelectual sem se abrir a experiência mística com Ele.
A esse respeito exorta São Paulo: (1 Cor 8,1 b) “Mas o conhecimento incha; o amor é que constrói”.
Muitos embriagados de um falso intelectualismo estão sendo conduzidos à perdição, por causa do ativismo, da hipocrisia e dureza de seu coração. Falam de Deus sistematicamente, mas não falam com Ele, não rezam, não deixam a palavra transpassar o coração, estão vacinados contra o Evangelho, se tornam críticos e opositores da obra da própria Igreja.
O que faltam a esses dois grupos?
Falta-lhes a experiência perene de Cristo, falta-lhes o Batismo no Espírito Santo e a vida no Espírito.
É o Espírito Santo quem nos revela Jesus; É o Espírito Santo quem convence nossos corações. É o Espírito Santo quem nos faz compreender a mensagem do Evangelho. É o Espírito Santo quem nos faz orar como convém… (veja João 16,7-8; 1Cor 2,9-10; Rm 8,26).
Precisamos conhecer a Cristo como os apóstolos o conheceram por meio de uma profunda e continua experiência do Espírito. Quando essa experiência acontece “o véu’ da cegueira espiritual caí por terra e podemos ver o Senhor de uma forma nova”.
(2 Cor 3, 16-18) Mas, todas as vezes que o coração se converte ao Senhor, o véu é tirado. Pois o Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade. Todos nós, porém, com o rosto descoberto, refletimos a glória do Senhor e, segundo esta imagem, somos transformados, de glória em glória, pelo Espírito do Senhor.
Nos abramos ao Espírito Santo e Ele nos revelará o Cristo que esta escondido!
Deixo três vias para obter esse conhecimento:
- Se relacione com o Espírito Santo.
Ele é uma pessoa e podemos entrar em comunhão com Ele através da oração (veja Lucas 11,13 e Rm 8,26).
- Busque aprender mais sobre a pessoa do Espírito Santo.
Na formação da Renovação Carismática temos um grande material sobre o seminário de vida no Espírito Santo: Apostila de Batismo no Espírito Santo e vida no Espírito. Acesse o link: https://comunidadejavenissi.org/produto/seminario-batismo-no-espirito-santo/ Além desse material indico o livro: Sereis Batizados no Espírito Santo. Autor: Haroldo J. Rahm
Esses estudo nos facilitaram a compreender a experiência e ação do Espírito Santo em nossas vidas.
- Participe de grupos de oração Carismáticos.
Os grupos de oração da Renovação Carismática são facilitadores para obtermos uma experiência genuína do Espírito. Os mesmos tem a finalidade de promover essa experiência do Espírito para renovar a Igreja a partir da renovação de seus membros.
Que Deus abençoe a paz e pentecostes!