A BATALHA DO CARMELO (1 Reis 18,20,24)
Elias no hebraico significa «o Senhor é o meu Deus», o seu nome revela a sua missão levar o povo de Deus a conversão.
Nos séculos IX e VIII Israel no reino norte estava em uma profunda decadência espiritual, os Israelitas haviam abandonado a aliança com o Senhor e servindo Baal.
Baal era um deus cananeu, um deus da fertilidade, da chuva. Em nome de baal os pagãos faziam coisas terríveis: se mutilavam, prostituiam e sacrificavam crianças.
Elias foi levantado por Deus como uma tocha de fogo, e exortou os Israelitas severamente (v,21) Jesus também criticou os homens do seu tempo diante dessa relativização (Mateus 6,24) Ninguém pode servir a dois senhores: ou vai odiar o primeiro e amar o outro, ou aderir ao primeiro e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro!
Muitas pessoas hoje falam: Eu não tenho tempo para Deus, trabalho muito, estou cansado, tenho outros compromissos. Jesus exortou a esse respeito: O que adianta o homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma?
Então para que o povo Israelita pudesse se voltar para Deus unicamente, como revela o primeiro mandamento, Elias propõe um desafio: O Deus que mandar fogo do céu, é o Deus verdadeiro!
O fogo na Bíblia é um símbolo do Espírito Santo, Moisés foi atraído por Deus por meio da sarça ardente. No fogo podemos compreender algumas operações do Espírito Santo:
- O fogo ilumina (dissipa toda treva). – 2) Purifica (as sujeiras, apenas são retiradas com fogo). –3) O fogo transforma, aliás tudo que o fogo toca transforma. – 4) Aquece (queima nossos corações).
Elias manda que os Israelitas preparem o lugar: colocando os novilhos cortados como holocaustos e as lenhas como altar.
Primeiramente se lançam ao desafio os profetas de Baal: Os mesmos clamam, se mutilam, de manhã até o meio dia, mas baal permanece calado. Elias confiante do silêncio de Baal, zomba os seus adversários.
Então diante da desistência dos profetas de Baal. Elias se prepara para o desafio, e o profeta toma algumas atitudes:
Essas atitudes são necessárias para que possamos ver o fogo de Deus sendo derramado em nossos corações como em pentecostes, quando Jesus incendiou a sua Igreja para impactar o mundo com a pregação do Evangelho.
- (v,30) 1º Elias aproxima todo o povo. Essa é a missão de todo profeta, fazer o povo se voltar para Deus! Quando a Igreja estava vivendo o auge de seu esfriamento espiritual dizendo: É necessário que a Igreja retorne ao cenáculo para que o Espírito Santo retorne a Igreja.
O fogo do céu cai quando reunimos em Comunidade.
- Eles refizeram o altar: Altar significa consagração, altar é lugar do sacrifício, entrega total da vida. “Deus nos dá tudo”, mas Ele nos pede tudo, enquanto não houver consagração, ruptura com atos pecaminosos e disposição de viver em santidade o fogo do céu não será derramado.
- (v,31) Ele recorda Israel de sua eleição “Deus deu um nome, uma identidade a Israel e não Baal”
Precisamos sempre nos recordar que somos eleitos, fomos comprados por um alto preço na cruz, Deus nos ama e quer nossa salvação.
Então diante do novilho colocado em holocausto, Elias faz uma profunda oração (v,37)
“Ouve-me, Senhor, ouve-me, para que o povo reconheça que tu, Senhor és Deus, e que convertes o seu coração!
Bento XVI em uma de suas homilias sobre esse texto, ensina que essa é mais profunda finalidade da oração, levar o homem a conversão do coração. E a resposta a esse anseio maior, é respondida sempre por Deus com fogo.
(V,38-39) Então caiu o fogo do Senhor, que devorou o holocausto, a lenha, as pedras e a poeira, e secou a água que estava no rego. Vendo isto, o povo todo prostrou-se com o rosto em terra, exclamando: “É o Senhor que é Deus, é o Senhor que é Deus!”
Se queremos ver diante de nossas olhos que só o Senhor é Deus, aquele que manda fogo do céu, precisamos levantar um grande clamor em oração!
Vamos rezar: Caia fogo do céu, queima esse altar, mostra para esse povo que há Deus em Israel!