“O anúncio é um dever sagrado”
A Igreja não pode furtar-se de seu dever mais Sagrado: Proclamar o nome de Jesus e convidar as pessoas a serem seus discípulos. A sua omissão tornaria a evangelização incompleta, porque, sem este elemento central, os outros (Testemunho de vida e obras), embora sendo formas autênticas da missão da Igreja, perderiam a sua coesão e vitalidade.
Estamos em tempos missionários precisamos ser uma Igreja que vive permanentemente em estado de missão. Não podemos descuidar do anúncio do Evangelho “por negligência, por medo ou por vergonha — aquilo que São Paulo chamava exatamente ‘envergonhar-se do Evangelho’ (cf. Rm 1,16).
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Como disse o Papa Paulo VI na sua Exortação Evangelii nuntiandi: “A apresentação da mensagem evangélica não é para a Igreja uma contribuição facultativa: é um dever que lhe incumbe, por mandato do Senhor Jesus, a fim de que os homens e as mulheres possam acreditar e serem salvos. Sim, esta mensagem é necessária; ela é única e não poderá ser substituída. Ela não admite indiferença, nem sincretismo, nem acomodação. E a salvação dos homens e das mulheres que está em causa” (EN 5). A urgência foi salientada por Paulo:
“Mas como hão de invocar aquele em quem não acreditaram? E como hão de acreditar naquele que não ouviram? E como ouvirão se ninguém lhes prega? E como pregarão se não forem enviados? Logo, a fé vem da pregação, e a pregação pela palavra de Cristo” (Rm 10,14s).
“Esta lei, estabelecida outrora pelo apóstolo Paulo, conserva ainda hoje todo o seu vigor” (EN 42). É oportuno recordar também estas outras palavras de Paulo: “Porque, se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois que me é imposta essa obrigação: Ai de mim se não evangelizar!” (1Cor 9,16).
Temos que sempre recordar em nossos corações essa obra de Evangelização não é projeto humano mas vontade de Deus que garante a nós sua eficácia derramando copiosamente o Espírito Santo!
Ao anunciar esta palavra, a Igreja sabe que pode contar com o Espírito Santo, que inspira o seu anúncio e leva aqueles que a escutam à obediência da fé. É o Espírito que hoje — como nos inícios da Igreja (cf Atos 4,29-31)— age em cada um dos evangelizadores que se deixa possuir e conduzir por ele, e põe na sua boca as palavras que ele sozinho não poderia encontrar, ao mesmo tempo que predispõe a alma daqueles que escutam, a fim de a tornar aberta a acolhedora para a Boa Nova e para o Reino anunciado (EN 75).
A força do Espírito é confirmada pelo fato que o testemunho mais poderoso é com freqüência dado precisamente no momento em que o discípulo é mais indefeso, incapaz de falar ou de agir, mas todavia permanece fiel. Como diz Paulo: “prefiro vangloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Alegro-me nas minhas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por Cristo, pois, quando me sinto fraco, então é que sou forte” (2Cor 12,9-10). O testemunho pelo qual o Espírito leva os homens e as mulheres a conhecerem Jesus como Senhor não é uma realização humana, mas obra de Deus.
Como ensina São João Paulo II: “O anúncio é um dever sagrado” e não devemos omiti-lo por medo ou em desculpa de nossas fraquezas. Que essas palavras nos levem a audácia de sairmos anunciando corajosamente!
Oração: Senhor Jesus queremos hoje tomar posse de toda autoridade que foi dada a sua Igreja que somos nós, que o Espírito Santo nos convença desse dever Sagrado e nos cumule de força para anunciarmos corajosamente.
A paz em Cristo! Rodrigo dos Santos Jesus Comunidade Javé Nissi
Fonte: Documento Diálago e Anuncio – João Paulo II , Capitulo II