Pregando com poder (1 Cor 9,16)!
Quando penso nesse tema sou inclinado a falar de São Paulo, uma homem que foi extremamente apaixonado por Jesus e pela pregação do Evangelho, para o mesmo não havia limites, empecilhos, tribulações, barreiras que poderiam paralisá-lo. Ele dizia diante de todas as realidades: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho”.
A Bíblia faz questão de narrar toda história de sua vida, missão e obras, por que a conversão de São Paulo foi uma alavanca para que o Evangelho chegasse aos confins da terra. Aleluia!
confira esse ensino na íntegra:
QUEM ERA SÃO PAULO: São Paulo era um fariseu, um conhecedor da lei e dos profetas mas como ele mesmo diz em (Fl 3.5-6) um fariseu irrepreensível, um fanático que se asemelhava com um predador que aspirava ameaças de morte diante da sua presa, assim se sentia diante daqueles que poderiam deturpar a doutrina do judaísmo. Por isso se tornou perseguidor da Igreja de Jesus, perseguiu, prendeu, consentiu e mandou matar muitos Cristãos. Em Atos 7, temos o relato do jovem Saulo consentindo no apedrejamento de Estevão.
Em uma das perseguições, como narra lucas em Atos 9, Saulo literalmente caiu do cavalo, Ele foi derrubado por aquele que era seu adversário, ficou cego por três dias (a cegueira representa ausência de conhecimento); e só recuperou a visão quando um Cristão chamado Ananias impôs-lhes a mão para que ficasse cheio do Espírito.
Paulo recobrou a vista, e a partir daquele momento sua vida nunca mais foi a mesma, de perseguidor se tornou perseguido por pregar o mesmo Evangelho que antes condenava. Sua conversão, gerou um choque na Igreja de Jesus, pensavam que era uma estratégia dos judeus para prender os cristãos, Ele não foi bem visto, aceito, como diz em 1 Cor 15.8 “sou como um aborto”, então ele foi para o deserto da Arábia onde ficou sozinho por três anos, estudado as escrituras, orando e amando a Jesus. Depois ficou mais 11 anos em Tarso sua cidade natal, e só depois de 14 anos de silêncio e solidão, volta em Jerusalém lembrado pelo ancião Barnabé para começar as viagens missionárias.
A partir desse momento sabemos o que aconteceu: O mundo conheceu e foi conquistado por São Paulo que Evangelizou a Ásia e a Europa em três viagens missionárias, impactando e ganhando muitas almas para Cristo, formando inúmeros discípulos e muitas comunidades até ser morto em Roma entre os anos 67/68.
Mas um detalhe que passa despercebido na vida de São Paulo é que ele não era um grande pregador na arte da oratória. Pelo conhecimento que o mesmo tinha temos uma percepção que São Paulo falava muito bem, por isso convencia as pessoas, mas isso não era uma verdade, o segredo do poder de sua pregação não estava na capacidade de falar.
Vejamos alguns textos:
1º 2 Cor 10.10 – Pois há quem diga: “As cartas são severas e enérgicas, mas a presença física é fraca e o discurso, desprezível”.
2º Cor 11. 6 – Mesmo que seja inábil na arte de falar, não o sou quanto ao conhecimento. Já vo-lo mostramos em tudo e de todos os modos.
O Apóstolo revela claramente a sua deficiência na capacidade de oratória. Mas a mesma não foi obstáculo para que ele ganhasse multidões para Cristo, o seu segredo não estava em suas faculdades humanas.
Normalmente damos quatro desculpas para não pregar:
- Imaturidade – É o caso de Jeremias, eu sou ainda uma criança não sei falar.
- Baixa auto-estima – É o caso de Moisés, manda outro em meu lugar eu tenho a língua pesada.
- Complexo de inferioridade – o Caso de Gedeão, quando o Senhor o chama ele diz: Sou o menor na tribo de meu pai.
- Não nos achamos dignos – O caso de Isaías, “sou um homem de lábios impuros”
Qual delas é a sua desculpa para não pregar?
Essas quatro realidades que eram motivo de fraqueza para Paulo se tornaram motivo de fortaleza, quando Ele entendeu a essência da pregação. E essa realidade ele revela no inicio da Carta aos Coríntios:
(cf 1 Cor 2.3-4) Aliás, estive junto de vós com fraqueza e receio, e com muito tremor. Também a minha palavra e a minha pregação não se apoiavam na persuasão da sabedoria, mas eram uma demonstração do poder do Espírito;
O segredo da pregação poderosa de Paulo era a dependência total da presença do Espírito Santo.
A função que você exerce na Comunidade é uma demonstração do poder do Espírito Santo? Ou você é como um tambor vazio rolando por uma escada que faz muito barulho, mas é oco, vazio por dentro?
O Papa Paulo VI na encíclica Evangeli Nuntiand diz:
“ 75. Nunca será possível haver evangelização sem a ação do Espírito Santo… As técnicas da evangelização são boas, obviamente; mas, ainda as mais aperfeiçoadas não poderiam substituir a ação discreta do Espírito Santo. A preparação mais apurada do evangelizador nada faz sem ele. De igual modo, a dialética mais convincente, sem ele, permanece impotente em relação ao espírito dos homens. E, ainda, os mais bem elaborados esquemas com base sociológica e psicológica, sem ele, em breve se demonstram desprovidos de valor.
Nós vivemos na Igreja um momento privilegiado do Espírito. Procura-se por toda a parte conhecê-lo melhor, tal como a Escritura o revela. De bom grado as pessoas se colocam sob a sua moção.
Fazem-se assembléias em torno dele. Aspira-se, enfim, a deixar-se conduzir por ele. É um fato que o Espírito de Deus tem um lugar eminente em toda a vida da Igreja; mas, é na missão evangelizadora da mesma Igreja que ele mais age. Não foi por puro acaso que a grande balada para a evangelização sucedeu na manhã do Pentecostes, sob a inspiração do Espírito. Pode-se dizer que o Espírito Santo é o agente principal da evangelização: é ele, efetivamente que impele para anunciar o Evangelho, como é ele que nos mais íntimo das consciências leva a aceitar a Palavra da salvação”.
Pregar no poder é pregar na dependência e na evidencia do Espírito Santo. Não existe outro meio para levarmos as pessoas a crer verdadeiramente no Evangelho de Jesus!
Mas agora fica a indagação, como adquirir a unção para pregar com poder o nome de Jesus!
Basicamente existem três meios que precedem todo avivamento na Igreja e também marcam a vida daqueles que mais são usados por Deus.
A vida de oração, o estudo da palavra e a missão.
Se você se quer tem um ministério de pentecostes, priorize esses três elementos tanto de forma individual, como de forma comunitária.
Pense um pouco no seu ministério:
Qual foi a ultima vez que vocês reuniram para rezar pelos carismas? Qual foi a ultima vez que vocês reuniram para formação, estudar a palavra de Deus? Qual foi a ultima vez que vocês se reuniram para fazer uma grande missão?
Estamos em um momento decisivo em nossa comunidade, os próximos dois anos serão anos de trabalho duro, lançar as sementes missão. Aqueles que são vacas magras medíocres serão atropelados, é um ano de decisão esta vindo um grande mover de Deus e precisamos estar preparados para recebe-lo. Aleluia!