Os quatro modos de se relacionar com Jesus

A vocação do homem é estar em comunhão com Deus, desde o Antigo testamento percebemos que o grande desejo de Deus era estar com o homem para lhe tornar pleno.  Foi assim com Adão no paraíso, com Abel que o Senhor se alegrava com suas ofertas, com Henoc que foi arrebatado, com Noé que o Senhor fez uma aliança, com Abraão onde foi feita uma grande promessa…

O homem pode ser amigo de Deus! Pode servi-lo, adora-lo, pode estar continuamente em sua presença.  Pensando nisso quero deixar uma reflexão sobre os modos de se relacionar com Jesus, ao qual deles você se encaixa.

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1º COMO ESCRAVOS!

A relação de escravidão é uma relação que envolve exploração, medo e castigo. Os escravos eram aqueles que não possuíam liberdade, estavam a serviço por coação, por isso pensavam vinte e quatro horas por dias na liberdade, na fuga de seu patrão e de sua casa.

No Evangelho Jesus conta a parábola do filho prodigo (cf Lucas 15.11 ss);  Nessa história é narrada um filho que pensava  como escravo, o mesmo queria ser livre do Pai, para viver a liberdade que o mundo oferece, assim pediu sua carta de alforria, sua herança e partiu para um lugar distante, bem longe da casa do Pai.

2º COMO EMPREGADOS!

Os empregados são aqueles que trabalham apenas pelo salario, pela recompensa. Estão envolvidos nas obras do Pai, mas o veem como patrão. Por isso sempre estão cansados, desmotivados e vivem em murmuração. Principalmente quando medem seus esforços pelos outros empregados. Temos um exemplo clássico, o de Marta.

Marta recebeu Jesus em sua casa, e dispôs-se a servi-lo. Mas ao ver sua irmã Maria aos pés de Jesus “sem fazer nada” começou a reclamar e murmurar contra o “Patrão” aquele que estava serviço: “Senhor não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda pois que ela venha me ajudar!” (Lucas 10.40).

3º COMO AMIGOS

Os amigos são aqueles que desenvolvem um relacionamento de proximidade. Se tornam íntimos, atrevidos porque sabem que tem liberdade. O amigo conhece as verdadeiras preocupações e se envolve com as mesmas, se torna solidários com as causas daquele que ama.

Jesus desejava isso dos seus discípulos: Não vos chamo de servos, porque o Servo já não sabe o que faz o seu Senhor, Eu vos chamo de amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. (Jo 15.15).

4º COMO FILHOS

Esse tipo de relacionamento é a novidade que Jesus trazer, chamar Deus de Pai era uma loucura para os judeus que nem ousavam falar seu nome. Alias a única religião que chama Deus de Pai é o cristianismo, porque foi assim que Jesus nos ensinou a falar com Deus.

Pai nosso…  A relação filial vai além de todas outras porque se manifesta da dimensão da dependência total. Uma criança sem a provisão dos Pais morre de fome, por falta de higiene, proteção, educação…

Quando nascemos, somos totalmente dependentes, o filho nasce apegado aos pais, não consegue imaginar sua vida sem eles, os pais são o ar que os mesmos respiram.  Foi uma grande afronta o filho prodigo pedir a herança do Pai em vida, herança só recebemos no luto da ausência do Pai. Ele abandonou a mentalidade de filho, mas mesmo assim o Pai nunca deixou sua essência, não o tratou como escravo, empregado, amigo, mas como filho.

Quando o filho voltou para casa do Pai  foi surpreendido, quando abraço, beijo,  perdão, presentes, festa e totalidade restaurada da herança;  Méritos? Não condição filial.

O Espírito Santo é dado justamente para vivermos nessa dimensão, a dimensão filial, Ele se une ao nosso espirito para nos convencer que somos filhos.

 De fato, vós não recebestes espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes o Espírito que, por adoção, vos torna filhos, e no qual clamamos: “Abbá, Pai!” (Rm 8.15).

Como você tem se relacionado com Jesus: Escravo, empregado, amigo ou filho?

Que essa meditação te leve para uma profunda oração…

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