A Carta à Igreja em Pérgamo: ESTUDO (Apocalipse 2.12-17)

A Igreja em Pérgamo se encontrava em uma situação difícil. Estava sedo atacada por ventos contrários de doutrina, que geravam confusão, idolatria e imoralidade. Na Cidade haviam muitos adeptos dos governantes Romanos. Os Cristãos sofriam para manter a radicalidade e muitos se perdiam pela forte influência dessas correntes contrarias de pensamentos. O Senhor conhecendo essa realidade chama a Igreja ao arrependimento para evitar o castigo divino.

Resultado de imagem para Converte-te

Confira esse ensino na íntegra:

Ao Anjo da Igreja em Pérgamo (V.12). – Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Estas coisas diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes:

A CIDADE DE PERGAMO:

O único livro do Novo Testamento que cita a cidade ou a Igreja em Pérgamo é o Apocalipse. Com a ajuda dos romanos, Pérgamo ganhou independência dos selêucidas em 190 a.C., e passou a fazer parte do império romano a partir de 133 a.C. Durante mais de 200 anos, foi a capital da província romana da Ásia. Teve a maior biblioteca fora de Alexandria, Egito. Foi o povo de Pérgamo que primeiro usou peles de animais para fazer pergaminho, que substituiu o papiro, usado para fazer livros.

Aquele que tem a espada afiada de dois gumes:  A espada é o Evangelho de Jesus, a única palavra que tem autoridade e o poder para ensinar, edificar, exortar, corrigir, julgar e castigar. É Jesus, e não o governo romano, que segura esta espada (Ap 1.16).

(v.13) – Conheço o lugar onde moras, é onde está o trono de Satanás. Mas tu conservas o meu nome e não negaste a fidelidade para comigo, nem mesmo nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, aí onde mora Satanás.

Conheço o lugar onde moras, onde está o trono de Satanás (v.13 a):

A cidade de Pérgamo era o trono de Satanás ( religião Imperial) que efetuava perseguições e martírio aos Cristãos, desde 29 a.C., foi o local de um templo dedicado a Roma e a Augusto (idolatria oficial do governo romano). Mais tarde, foram construídos outros templos para a honra dos imperadores Trajano e Severo. Além desses templos para o culto imperial, o povo de Pérgamo adorava outros “deuses”, tais como Zeus, Atena, Dionísio e Asclépio. Encontramos em Pérgamo uma mistura dos poderes do mal – religiões falsas e o poder oficial do governo romano. Enquanto seus vizinhos sacrificavam aos demônios (veja 1 Coríntios 10.19-20), nessa conjuntura viviam os Cristãos que abominavam essas ações adorando somente a Cristo como soberano Senhor.

Mas tu conservas o meu nome e não negaste a fidelidade para comigo, nem mesmo nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, aí onde mora Satanás (v.13 b).

O Senhor elogia a radicalidade e perseverança dos cristãos de Pérgamo, que foram fiéis à fé, a doutrina do Evangelho pregada pelos Apóstolos, mesmo sob perseguição intensa.

Antipas mencionado no texto, foi um mártir, provavelmente da própria Igreja em Pérgamo. Foi morto entre eles, na cidade onde Satanás habitava. Antipas se mostrou fiel até a morte (cf Ap 2.10). Antipas foi uma testemunha fiel, um mártir, aquele que morreu testemunhando a sua fé. É a mesma usada para descrever Jesus em (Ap 1.5). O termo ( Testemunha “martyria” com o tempo, passou a ser usada para identificar pessoas que morreram por seu testemunho de fé, e assim usamos a palavra mártir.

(v.14-15) Contudo, tenho algumas coisas contra ti: tens no teu meio adeptos da doutrina de Balaão. Este ensinou Balac a fazer Israel tropeçar, isto é, prostituir-se e comer carne sacrificada aos ídolos. Do mesmo modo, tu admites também adeptos da doutrina dos nicolaítas.

Apesar da perseverança a Igreja de pergamo precisava ser purificada, a mesma se mostrava tolerante em relação a falsas doutrinas, especificamente dois erros citados nesta Carta.

A doutrina de Balaão:  A descrição da doutrina de Balaão refere-se à história do Velho Testamento (Números 22-25; 31.16). No final dos 40 anos de peregrinação, os Israelitas chegaram perto da terra prometida. Acamparam-se nas campinas de Moabe, e os moabitas e midianitas ficaram amedrontados. Balaque chamou Balaão para amaldiçoar o povo, mas Deus frustrou todas as suas tentativas de falar contra os Israelitas. Balaão desistiu de suas maldições, mas procurou outra maneira de vencer o povo de Israel, dando o conselho de convidá-los a participarem de uma festa idólatra. Nesta festa, muitos israelitas se envolveram na idolatria e na imoralidade, e Deus mandou uma praga que matou 24.000 Israelitas.

Na igreja em Pérgamo, algumas pessoas agiam como Balaão. Incentivavam o povo a ser tolerante de outras religiões, até participando da idolatria e da prostituição. A sua doutrina foi basicamente igual às idéias atuais de sincretismo (junção de duas ou mais religiões).

A doutrina dos nicolaítas: A Bíblia não identifica esta doutrina, mas diz que Jesus odiava as obras dos nicolaítas e elogiou os efésios por rejeitarem esses ensinamentos (Ap 2.6). Infelizmente, a Igreja em Pérgamo tolerava esses falsos mestres.

(Ap 2.16) – Converte-te, portanto. Senão, virei a ti depressa e lhes farei guerra com a espada que sai de minha boca.

Portanto, arrepende-te; e, se não, … farei guerra conta vocês!

Jesus exige purificação, arrependimento e santificação. Pergamo precisava tomar uma decisão rapidamente, o Senhor abominava os falsos profetas que pervertiam a Igreja, os professores das doutrinas de Balaão e dos nicolaítas citados acima. Uma igreja que tolera falsos professores se torna cúmplice do pecado. Se ela não se arrepender, Jesus usará a espada de dois gumes (2.12; 1.16) para trazer seu castigo sobre ela.

(Ap 2.17) Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor darei o maná escondido e lhe darei uma pedrinha branca, na qual estará escrito um nome novo, que ninguém conhece, a não ser quem a recebe’.

Quem tem ouvidos, ouça: Como em todas as sete cartas, Jesus chama os ouvintes a conversão!

Ao vencedor: Todas as cartas, também, incluem a promessa sobre a vitória. Aqueles que persistem até o final receberão a recompensa. Nesta carta, a bênção para o vencedor é descrita em duas partes:

O maná escondido: Aqueles que recusassem qualquer participação na mesa dos demônios seriam sustentados pelo maná de Deus. O maná foi o alimento que sustentou os Israelitas na caminhada do deserto. O maná é o próprio  Jesus que se manifesta  na Eucaristia, palavra, oração… Ele sustenta os fiéis e lhes dá vida.

Uma pedrinha branca com um nome novo escrito:

As pedras brancas eram usadas pelos imperadores Romanos em três finalidades:

  1. Aos escravos que se tornavam livres.
  2. Como ingresso em alguns eventos
  3. Aos vencedores em corridas e batalhas

Aqueles que forem fiéis receberão essa pedrinha branca: A libertação total do pecado, o ingresso para o banquete celestial, como recompensa aos vencedores na corrida pela salvação. Aleluia!

Um nome novo, o nome no contexto Bíblico significa uma nova missão, identidade, quando Deus muda o nome de um escolhido revela um novo projeto para o mesmo (exemplos: Abrão > Abraão  (Pai de multidões) ; Sarai > Sara (Princesa) ; Jacó > Israel (Povo que luta com Deus e homens e vence).

Aleluia! Receberemos essa pedrinha branca, o passaporte definitivo para o paraíso, sejamos fiés, radicais em nossa fé pois a recompensa será grande.

fontes:

Bíblia Sagrada nota de rodapé pag 1520

http://www.pr.gonet.biz/biblia.php?submit=Ler&ATNT=1&Book=72&Chapter=2&versao=1&simples=1&biblia2=0&head=1

https://www.estudosdabiblia.net/d131.htm

 

 

Leave a Reply


8 + 7 =


Open chat
Pular para a barra de ferramentas