Meditação do evangelho de hoje: Os convidados do banquete (Lucas 14,15-24)
Em Lc 14, 15 diz: “Ouvindo isso, um dos comensais lhe disse: ‘Feliz aquele que tomar refeição no Reino de Deus!”
Confira a meditação do Evangelho de Lucas “Os convidados do banquete” (Lucas 14,15-24) Nessa meditação observaremos três elementos: um grande convite, varias desculpas e uma sentença. Você tem fugido diante o chamado do Senhor? Saiba que para toda escolha haverá uma consequência, que sejamos aqueles sábios que acolheram o convite e desfrutaram na mesa de todo banquete do Pai.
Algumas lições:
A expressão ‘tomar alimento no Reino de Deus’ significa na linguagem da Bíblia, participar da bem-aventurança eterna, simbolizada num grande banquete (cfr Is 25, 6; Mt 22, 1-14)”, O banquete é a fiél imagem do banquete eucarístico, a que somos todos convidados e também da salvação em Jesus.
Esse texto fala de um convite, varias desculpas e uma sentença.
confira essa meditação na íntegra!
O convite é para o grande banquete de um homem muito rico de deseje que sua casa fique cheia. Nessa parábola do banquete Jesus esta falando do reino, Ele é o servo fiel, Jesus é o mensageiro do Pai por excelência que veio trazer a salvação para todos aqueles que são infinitamente amados pelo pai. Pois Deus quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade (1 Tm 4,2). Por isso enviou seu filho amado ao mundo para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3,16).
Para cumprir sua missão Jesus não mediu esforços se gastou por inteiro, anunciando a boa nova da salvação, curando, fazendo prodígios, milagres, sinais. E quando foi para o Pai ainda confiou a sua Igreja a árdua missão de fazer esse convite até que Ele volte para arrebatar todos àqueles que acolheram o reino e sua justiça.
Sob o véu desta parábola, Jesus Cristo ocultou todo o seu amor e toda a nossa ingratidão.
“Vinde, pois está pronta a ceia”. Mas todos começaram a inventar desculpas… O primeiro disse: ‘Comprei um campo e preciso ir vê-lo. Peço que me desculpes’. Um outro explicou: ‘Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las. Peço que me desculpes’. Um terceiro justificou: ‘Acabo de me casar e, por isso, não posso ir’.
Diante do convite de Deus à fé e à correspondência pessoal, todo aquele que deseja ter comunhão com Ele deve estar disposto há sacrificar qualquer interesse humano, por mais lícito e nobre que se nos apresente, nenhuma desculpa ou argumento será suficiente para justificar a negação diante do chamado divino. Por isso aparece clara a ingratidão dos convidados mal-agradecidos.
Os convidados que procuraram pretextos para não vir somos nós, que preferimos viver entre os nossos afazeres e entre os pecados, assim gradativamente vamos abandonando o primeiro amor e automaticamente vamos construindo ídolos em seu lugar: apegos, bens matérias, pessoas humanas.
Por isso vemos nesse texto uma ingrata recusa
Santa Maria Madalena de Pazzi passeava sob os pórticos e por entre as celas silenciosas do seu convento, pasmada, exclamando: “O Amor não é amado, o Amor não é amado!”
E tinha razão. Infelizmente mesmo diante de tanto amor, Deus é mais rejeitado do que amado no mundo. Para Deus temos sempre mil desculpas e sempre vamos o deixando para segundo, terceiro e quarto plano. “Há quando eu me aposentar eu busco a Deus” e quando se aposenta diz: “Estou muito cansado”.
“O primeiro disse: ‘Comprei um campo e preciso ir vê-lo”.
Este homem que recusa o convite porque agora também já se tornou um dono de terras, e não precisa ir à ceia de ninguém, se tornou tão apegado que não tem tempo para ninguém. Eis a primeira tentação diante do chamado divino, nossos apegos. No sermão das bens aventuranças o Senhor nos apresentou um dos princípios mais importantes do reino: A pobreza. “Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5,3).
Ser pobre não se refere a não ter bens ou ser miserável, mas ser desapegado e totalmente dependente de Deus, o Senhor garante aqueles que se submetem aos mandamentos da sua palavra a sua providencia diária. Buscai o reino de Deus e sua justiça em primeiro lugar e todas as coisas serão dadas por acréscimo. (cf Mt 6.33).
Um outro explicou: ‘Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las.
Este homem que recusa o convite para se pôr de corpo e alma a trabalhar com as suas cinco juntas de bois. Esse representa aqueles que estão afastados do Senhor por estarem afogados pelos bens materiais.
O homem carnal na visão da escritura não é apenas aquele que vive em uma vida devassa. Mas aqueles que por sua preocupação com a riqueza se fecham a vida espiritual. Esses dizem: Eu não tenho tempo, tenho negócios, família, minhas prioridades… E quantas desculpas o Senhor ouviu no Evangelho e ouve ainda hoje diante do seu chamado, mas a esses vale a resposta do Senhor: O que vale o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma (cf Mc 8,36). É uma grande tolice dar todo tempo as necessidades de nosso corpo e esquecer-se de nossa alma! Ela é o bem mais precioso, pois não é corruptível e suas promessas são eternas.
Um terceiro justificou: ‘Acabo de me casar e, por isso, não posso ir’
Notastes como é vil a resposta deste convidado? Ele não pede desculpa, mas diz somente: Não posso ir. Não pode porque não quer. Idolatra a si mesmo e as pessoas que ama, por isso se fecha aos outros, se fecha a Deus.
Quantos não afastam do chamado por causa de propostas humanas?
Esse homem é figura daqueles que preferem servir aos homens do que a Deus! Muitos jovens caem nessa tentação quando começam a namorar, mesmo depois de ter clamado tanto a Deus por sua pessoa para amar, logo se esquecem daquele que deve ter o primeiro lugar em nossas vidas.
Concluindo a sentença!
O senhor ordenou ao servo: ‘Sai pelas estradas e pelos cercados, e obriga as pessoas a entrar, para que minha casa fique cheia. Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete’”.
Aqueles que negam a salvação sofreram a terrível sentença: “nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete”. Essa sentença fazia os Santos tremer diante da grande possibilidade de ir para o ínfero, perdendo a salvação, Santo Agostinho dizia: “Eu tenho medo da graça que passa” que não percamos esse santo temor, pois a misericórdia de Deus não entra em um coração fechado, abramo-nos ao convite do Senhor e corramos para desfrutar da sua presença e do seu banquete.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo para sempre seja louvado!