A castidade
A castidade não é para os fracos, a castidade é para os fortes, aqueles que realmente amam a Jesus Cristo e desejam viver uma vida nova!
“Tudo o que se estima não pode ser comparado com o valor de uma alma casta” (Eclo 26, 20)
Se você quer ser cheio (a) do Espírito Santo viva a castidade como estilo de vida. Vamos tomar um texto para nossa reflexão (Eclo 26,20) e não há medida que determine o valor da alma casta. Observe o que a Sagrada escritura esta nos dizendo “e não há medida que determine o valor da alma casta”.
Isto é, todas as riquezas da terra, todas as honras, todas as dignidades, não lhe são comparáveis há uma alma pura. É por isso que o Senhor Jesus diz no sermão da montanha “Felizes os puros de coração, por que verão a Deus” (cf Mt 5,8).
Alguns ensinamentos sobre a castidade dos padres da Igreja:
Santo Efrém chama a castidade de “a vida do espírito”; São Pedro Damião, “a rainha das virtudes”; e São Cipriano diz que, por meio dela, se alcançam os triunfos mais esplêndidos. Quem supera o vício contrário à castidade, facilmente triunfará de todos os mais; quem, pelo contrário, se deixa dominar pela impureza, facilmente cairá em muitos outro vícios e far-se-á réu de ódio, injustiça, das paixões desordenadas.
O grande problema da humanidade é a libertinagem, ou seja, o abuso da liberdade. O homem que não consegue dominar seus próprios instintos se torna escravo de si mesmo. É por isso que um dos frutos do Espírito Santo é o domínio próprio, ou seja o Espírito Santo vem em socorro de nossas fraquezas, para matar todo procedimento carnal. Por isso Paulo cita entre os frutos a mansidão, e o domínio próprio, contra estas coisas não existe lei.(cf Gl 5,23)
Em que contexto Paulo escreve esse versículo? Tome novamente (Gl 5,1) É para a liberdade que Cristo nos libertou. Ficai firmes e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da escravidão.
Sobre o contexto do homem novo. O homem novo é aquele que possui um coração novo, uma mente nova, esse homem realmente é o homem livre, cheio do Espírito Santo. Aquele que crucificou a carne com seus desejos e corrupções da vida velha.
Quando a Sagrada escritura fala do homem casto, ela não fala do homem virgem ou aquele que não faz relação sexual, mas aquele que tem o coração puro.
Eu posso ser um jovem virgem, mas ser um depravado em minha vida moral, ser viciado em pornografia, masturbação… A castidade não se refere ao ato em si, mas no estado em que se vive. Por isso em todos os estados de vida, somos chamados a viver a castidade.
Os solteiros são chamados a viver a castidade, se abstendo da relação sexual até o matrimônio. Quando falo dos solteiros, incluo namorados e noivos, que também são solteiros!
Os casados são chamados a viver a castidade no matrimônio, ou seja, ter relação somente com sua esposa (o), qualquer relação fora disso é pecado grave, adultério.
Por isso que um (a) jovem que vive a castidade verdadeiramente se torna um herói. Santo Agostinho refletindo sobre a castidade diz:
Grande, portanto, é a excelência da castidade; mas também terrível é a guerra que a carne nos declara para no-la roubar. Nossa carne é a arma mais poderosa que possui o demônio para nos escravizar; é, por isso, coisa muito rara sair-se ileso ou mesmo vencedor deste combate. Santo Agostinho diz (Serm. 293):
Santo Agostinho era um jovem devasso antes de sua conversão, ele gostava de frenquentar prostibulo. Quando ele se converteu, a sua maior crise foi diante da castidade, em oração ele dizia a Deus: Senhor dê-me o dom da castidade, mas hoje não. E isso se repetiu por meses, ele sabia o que era a vontade de Deus, mas não queria se submeter a ela.
Mas um dia em seu quarto rezando, ele tomou a firme decisão de ser casto e disse: Senhor dá-me o dom de ser casto, hoje! Conta a tradição que havia uma pedra no seu quarto e naquela hora ela partiu no meio.
Vários Santos da Igreja travaram grande batalhas contra seus hormônios para viver a santidade:
Há uma passagem em que São Francisco, para se livrar da tentação se jogou no meio das roseiras cheias de espinhos, para matar essa paixão dentro dele. A história nos conta que a roseira, a partir daquele momento, perdeu todos os espinhos. E quem vai a Assis, lá encontra um roseiral inteiro sem espinhos. Até as mudas que vêm de lá são chamadas de Rosas de São Francisco.
Outra vez, que ele sentiu a tentação na sua carne, Francisco tirou as roupas naquele inverno rigorosíssimo da Europa, no gelo no meio da neve, e rolou naquele gelo. Alguns irmãos viram a cena de longe e Francisco disse que se afastou para rezar e se livrar da tentação.
Santa Catarina de Sena foi uma vez horrivelmente atormentada pelo demônio, durante três dias, com fortes tentações impuras. Apareceu-lhe então o Senhor para consolá-la, e ela perguntou-lhe: – Mas onde estivestes, Senhor meu, durante estes três dias? Jesus respondeu-lhe: Dentro do teu coração, dando-te força para resistires à tentação. E o Senhor deu-lhe a conhecer que o seu coração estava, depois da tentação, mais puro que antes.
Com esses relatos quero te dizer jovem, que abandonando as impurezas, vícios e pecados e lutando contra as tentações que avançam sobre nossa mente todos os dias, realmente viveremos no poder do Espírito Santo permanecendo com um coração puro.
A castidade é um dom, por isso deve ser pedida em oração com todas as forças. Vamos pedir ao Senhor que derrame sobre nós seu Santo Espírito que ele nos torne homens e mulheres castos para a glória do Senhor. Aleluia!
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